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Sete a cada 10 mulheres de capitais brasileiras já sofreram assédio; Porto Alegre está no topo da lista

Levantamento realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Ipec aponta que ruas, parques e praças são os lugares onde mais ocorrem situações deste tipo

10/03/2025 - 09h54min

Atualizada em: 10/03/2025 - 09h54min


Zero Hora
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Antonio Valiente/Agencia RBS
O município gaúcho superou cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

Pesquisa realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Ipec e divulgada neste sábado (8) aponta que 74% das mulheres que moram em 10 das maiores capitais brasileiras já sofreram algum tipo de assédio. O alerta é maior para os gaúchos: Porto Alegre é a cidade que apresentou o maior percentual, com 79% das respondentes afirmando que já foi assediada.

O município gaúcho superou outras cidades como Rio de Janeiro (77%) e São Paulo (74%).

Além destas três cidades, a pesquisa “Viver na cidade: mulheres”, elaborada com o objetivo de verificar a percepção da população sobre desigualdade de gênero, também realizou entrevistas em Belém, Goiânia, Manaus, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Fortaleza, sendo que estas últimas duas tiveram os menores percentuais.

Confira o ranking:

  1. Porto Alegre: 79%
  2. Recife: 77%
  3. Rio de Janeiro: 77%
  4. Goiânia: 76%
  5. São Paulo: 74%
  6. Salvador: 73%
  7. Manaus: 72%
  8. Belém: 70%
  9. Fortaleza: 68%
  10. Belo Horizonte: 68%

A rua e outros espaços públicos como praças e parques são os lugares onde mais ocorre esse tipo de situação: do total de mulheres entrevistadas, 56% disseram que sofreram assédio nesses locais. O transporte público aparece na segunda posição (51%), seguido pelo ambiente de trabalho (38%) e bares e casas noturnas (33%).

Como enfrentar o problema

A pesquisa investigou também quais são as medidas que devem ser adotadas para enfrentar o problema, na percepção da população. Aumentar as penas de quem comete violência contra a mulher recebeu o maior número de menções, com 54%. Em seguida, aparecem: ampliar os serviços de proteção a mulheres em situação de violência em todas as regiões da cidade (49%) e agilizar o andamento da investigação das denúncias (40%).

Segundo o instituto, foram realizadas ao todo 3,5 mil entrevistas online entre os dias 2 e 27 de dezembro de 2024. Foram ouvidas pessoas de 16 anos ou mais, com controle de cotas pelas variáveis sexo, idade, classe social e ocupação.


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