Um dos melhores elogios que recebi na vida veio há pouco do meu cardiologista e seu estetoscópio: “Tu está treinada!” Esse elogio tem nome - bradicardia - ou a frequência cardíaca mais baixa em repouso, resultado de treinar regularmente. Nos últimos anos, com todos os exames em dia, nas consultas de revisão ele me orientava (e insistia) a fazer bastante exercício aeróbico “até sentir o coração sair pela boca” e emagrecer como prevenção ao histórico familiar de doenças cardíacas.

Não é que, enfim, eu consegui? Antes treinar significava sofrimento, hoje virou hábito. É um compromisso comigo mesma. Acordo e já coloco o uniforme fit. Quando não consigo ir cedo pra esteira da academia ou sair pra caminhar na rua, o truque de continuar com a roupa de treinar me lembra que preciso dar um jeito de ir em algum momento. Pra ser mais agradável, ouço música e podcasts de espanhol e inglês pra exercitar também o cérebro. Aprendo e o tempo passa mais rápido.

Preguiça

Engraçado como eu adorava fazer piadinha sem graça sobre isso: só vestir a roupa de treinar já não conta como treino? Dã. Preguiça disfarçada de humor. Nada como começar a suar, sentir os benefícios e encontrar a tal motivação. Tem dias em que não é fácil, mas depois vale a pena a sensação do dever cumprido. Santa endorfina percorrendo o sangue. A gente acha tempo pra tantas bobagens. Por que não pode reservar meia horinha diária pra cuidar da saúde? Não pensa muito, só vai.

Se essa coluna não te motivou a sair do sofá e mexer o corpo, convida alguém pra ir junto. Amigas são ótimas companheiras de caminhada, a gente conversa tanto que nem sente as coxas tremerem de cansaço. Pode chamar o filho, a vizinha, a neta, a prima, o marido, quem você achar que está precisando de incentivo pra se movimentar. Tem grupos de corrida, aula de dança, pilates, funcional, futebol, etc. O primeiro passo é literalmente um par de tênis. Bora lá?

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