No batuque da vida, o Diário Gaúcho chega nesta quinta-feira (17) aos 25 anos. Um quarto de século contando as histórias do povo com a linguagem de quem vive do lado de cá. Do lado de quem acorda cedo, pega ônibus lotado, trabalha duro e sonha alto. Do lado de quem nem sempre teve voz, mas sempre teve força.

Foi nesse cenário que, em dezembro de 2022, entrei no DG. E foi aqui que descobri o verdadeiro sentido do jornalismo. Entendi que jornalismo popular não é menor... é urgente, é necessário, é potente. É a cara do Rio Grande que vibra nas ruas.

Quando veio o convite pra escrever sobre samba e Carnaval, aceitei na hora. Sabia que estava prestes a mergulhar num universo encantador, cheio de brilho, mas também de luta. De garra. De paixão. De gente que não desiste mesmo quando tudo parece contra. Foi conhecendo cada vez mais as escolas, as quadras, os barracões, os ensaios e, principalmente, as pessoas, que ficou ainda mais evidente pra mim: o Carnaval de Porto Alegre é resistência — não canso de repetir. E, como tantas outras pautas fundamentais, também é segregado, invisibilizado, subestimado.

É aí que entra o Diário Gaúcho. Um jornal que nasceu com o compromisso de olhar pra quem, muitas vezes, passa despercebido. Que coloca nas páginas histórias que nem sempre ganham espaço por aí. Que valoriza a arte das comunidades, a tradição dos bairros, a potência da periferia. E que entende que o samba é tudo isso — e muito mais.

Neste dia 17 de abril de 2025, escrevo essa coluna com a alma cheia. Porque o samba é do povo, o querido DGzinho também. E essa parceria segue firme, com o compromisso de dar voz, visibilidade e respeito a quem faz cultura com o coração na ponta dos dedos. Que venham mais anos e vários Carnavais pela frente.

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