O escolhido
Cardeal norte-americano Robert Prevost é o novo papa
Decisão foi anunciada nesta quinta-feira após a terceira votação do dia e a quarta do conclave realizado no Vaticano

O conclave elegeu nesta quinta-feira (8) o cardeal Robert Prevost, 69 anos, como novo papa, sucessor de Francisco à frente da Igreja Católica Apostólica Romana. É o primeiro papa norte-americano da história. O nome escolhido foi Leão XIV.
Assim, ele se torna o 267º pontífice. Ele apareceu na sacada da Basílica de São Pedro como anúncio da eleição.
O processo de escolha do Papa começou na quarta-feira (7), que acabou marcada pela demora para a divulgação do primeiro resultado da votação.
Prevista para ser emitida por volta das 19h (14h em Brasília), a fumaça preta só apareceu pouco depois das 21h (16h no horário local) para uma multidão que aguardava na Praça São Pedro, no Vaticano.
Na manhã desta quinta-feira, outras duas votações acabaram sem decisão sobre a escolha do pontífice.
O primeiro pleito foi realizado por volta das 10h em Roma (5h de Brasília), enquanto o segundo foi realizado duas horas depois. A fumaça preta foi emitida pouco depois das 6h50min.
Já havia expectativa para que os cardeais chegassem a uma decisão nesta quinta-feira. Segundo o jornalista Rodrigo Lopes, a média dos conclaves dos últimos cem anos é de dois a três dias, com Bento XVI e Francisco tendo sido escolhidos no segundo dia.
Quem é Robert Prevost, novo papa escolhido no conclave
Nascido em Chicago em 14 de setembro de 1955, Prevost é filho de pai com ascendência francesa e italiana e de mãe descendente de espanhóis. Tem dois irmãos.
Segundo o Vatican News, estudou em um seminário agostiniano na Pensilvânia. Formou-se em matemática em 1977 e estudou também filosofia.
Em 1985, chegou ao Peru como missionário. Ainda retornaria a Chicago em 1999. O papa Francisco nomeou-o bispo na diocese de Chiclayo, no Peru, em 2015. Já em 2023, Francisco levou-o para um importante cargo no Vaticano: prefeito do Dicastério dos Bispos.
Hoje com 69 anos, Prevost tem inclinação pastoral, perspectiva global e capacidade de governar a Cúria Romana, segundo especialistas. Sua reputação como moderado e construtor de pontes também pode ser crucial em um momento em que a igreja parece profundamente dividida.