Notícias



Alerta na saúde

O que muda com o decreto de emergência em saúde motivado pelo aumento das internações por síndromes respiratórias no RS

Medida do governo Leite busca facilitar acesso a ações emergenciais pelos municípios. Decreto deve ser publicado no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (19)

18/05/2025 - 20h12min

Atualizada em: 18/05/2025 - 20h12min


Henrique Ternus
Henrique Ternus
Enviar E-mail
Camila Hermes/Agencia RBS
Cobertura vacinal para a gripe está em apenas 29,28% no Estado.

Um decreto de emergência em saúde, devido ao crescente número de internações de pacientes com problemas respiratórios, deve ser assinado pelo governador Eduardo Leite e entrar em vigor no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (19). Porto Alegre já declarou situação semelhante, considerando "o cenário epidemiológico das doenças respiratórias e a superlotação de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) na Capital e na Região Metropolitana.

No Estado, a medida, já autorizada pela secretária Arita Bergmann, busca permitir que os municípios tenham acesso facilitado a ações emergenciais para atendimento de pessoas com sintomas gripais.

De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES), atualizado ao meio dia deste domingo (18), 4.099 pessoas precisaram de internação por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) neste ano. 

A maior preocupação do governo é com crianças de até 5 anos, cujas hospitalizações praticamente dobraram nos últimos dias. 

Com o decreto, o Estado permite que os municípios tenham acesso facilitado para ações emergenciais em cada localidade, como contratação de profissionais da saúde ou compra de insumos. Além disso, o Estado e os municípios podem buscar financiamento com o Ministério da Saúde para leitos SRAG, destinados especialmente para pacientes com problemas respiratórios.

— O decreto permite medidas mais fortes e atentas, tanto para internações como para vacinação. Como a gente tem tido aumento de internações, em especial de crianças até 5 anos, e uma vacina pouco protetiva, pois a cobertura ainda é baixa, a situação nos coloca nesse risco maior. O decreto de emergência permite a busca de recursos externos e ajudas emergenciais — explica a secretária-adjunta da Saúde, Ana Costa.

Vacinação contra a gripe é liberada para todos os públicos

A cobertura vacinal para a gripe está em apenas 29,28% no Estado. Dentre os chamados públicos-alvo, somente 14% das crianças estão imunizadas contra a Influenza, 35% dos idosos e 17% das gestantes.

O Estado decidiu liberar a vacinação para a população em geral. Apesar da flexibilidade, a recomendação, porém, segue para que as pessoas dos grupos prioritários façam a dose.

A estratégia é ampliar a cobertura vacinal no RS para frear o número de infecções do Influenza e aliviar as internações por problemas respiratórios, sintomas clássicos da doença. A SES quer conscientizar as pessoas da importância de se vacinarem como uma preocupação coletiva, não apenas individual.

— Nós estamos perdendo oportunidade de evitar internações, em especial das crianças — alerta a secretária-adjunta.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias