Fechado desde a enchente
Reabertura do Hospital de Pronto Socorro de Canoas vai ficar para 2026
A atual previsão é de que os trabalhos sejam concluídos até o final de dezembro. Antes, a previsão era para julho

O Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Canoas não vai reabrir neste ano. O motivo é, mais uma vez, o atraso no andamento da obra de reconstrução da sede da instituição no bairro Mathias Velho. O local foi totalmente afetado pela enchente de 2024.
O contrato da obra foi assinado em dezembro do ano passado pela antiga gestão do município. A empresa Elmo Eletro Montagens LTDA venceu a licitação com valor de R$ 13 milhões, a serem pagos com recursos do governo federal. No entanto, houve atraso no cronograma dos serviços e consequentemente, no pagamento a empresa.
De acordo com o secretário de saúde do município da Região Metropolitana, Marcelo dos Reis, a atual previsão é de que os trabalhos sejam concluídos até o final do mês de dezembro de 2025. Antes, a previsão era para julho.
Com isso, a meta da prefeitura é reabrir o HPS em janeiro de 2026. Mas, para isso acontecer é necessário o cumprimento de várias etapas, inclusive a realização da licitação para compra de equipamentos hospitalares.
Edital está suspenso há oito meses
O edital para fornecimento de equipamentos hospitalares ao HPS de Canoas está suspenso desde setembro de 2024. A licitação sofreu diversas contestações de empresas e após isso, a prefeitura decidiu não avançar com o pregão.
No antigo processo estavam listados 29 itens, entre ventilador pulmonar, raio-x portátil, aquecedor de soro, cardioversor e ecógrafo. A prefeitura afirma que diante da reformulação do hospital será necessário realizar um novo estudo sobre os equipamentos necessários para o pronto-socorro.
A previsão é de que o novo edital seja lançado no mês de julho, mas ainda não está definido o prazo para entrega dos materiais. Essa situação pode atrasar ainda mais a reabertura plena da instituição.
Crise na saúde
Desde a enchente, a equipe do HPS está alocada junto ao Hospital Nossa Senhora das Graças. Relatos de médicos, funcionários e de pacientes apontam falta de insumos básicos como luvas, soro e medicações. Além disso, a ala do pronto socorro está superlotada.
Também existem problemas nas escalas de médicos. Essa situação está vinculada à falha no pagamento dos salários. Conforme informações do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), os salários entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025 não foram pagos.