Região Metropolitana
Sem alta complexidade e referência para outras três cidades, hospital de Gravataí opera com restrições
Município admite situação delicada e afirma que para ampliar o atendimento precisa de auxílio do Estado e da União


O Hospital Dom João Becker, em Gravataí, na Região Metropolitana, opera acima da capacidade técnica. Com isso, apenas casos considerados graves estão sendo atendidos. Nesta quinta-feira (22), a lotação atinge 212%.
Segundo a instituição, a orientação é para que a população busque as duas Unidades de Pronto Atendimento do município ou as unidades básicas. Placas foram colocadas em frente ao local alertando para o cenário.
O hospital filantrópico é administrado pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, mas recebe aporte municipal. O valor é utilizado para a manutenção dos 135 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além de atender os próprios moradores, Gravataí é referência em saúde para Cachoeirinha, Alvorada e Glorinha. No entanto, o hospital não tem procedimentos de alta complexidade.

Necessidade de auxílio
A situação impacta diretamente Porto Alegre. Todos os casos de traumatologia, vascular, cirurgia plástica e cardiologia precisam ser encaminhados para hospitais da Capital.
De acordo com dados do painel de monitoramento da manhã desta quinta-feira (22), 150 pacientes internados em leitos SUS de Porto Alegre são moradores de Gravataí.
O município da Região Metropolitana admite a situação delicada, mas afirma que para ampliar o número de leitos e abrir serviços de alta complexidade, precisa de auxílio do Estado e da União.