Região Metropolitana
Três hospitais de Porto Alegre seguem com restrição de atendimentos devido à superlotação das emergências
De acordo com dados do painel de monitoramento da prefeitura da Capital, 96% dos leitos estão ocupados


Sete das nove emergências hospitalares de Porto Alegre que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS) operam com superlotação neste domingo (25). Dessas, três estão com atendimentos restritos e só recebem casos com risco de vida: Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Hospital Santa Casa de Porto Alegre e Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
De acordo com dados do painel de monitoramento da prefeitura, 96% dos leitos estão ocupados, totalizando mais de 4,2 mil internações. Cerca de 40% são de municípios próximos, como Alvorada, Viamão, Gravataí, Canoas e Cachoeirinha. A maioria dos casos (483) está relacionada a quadros de doenças respiratórias, mais comuns nesta época do ano.
Os piores cenários são registrados no Instituto de Cardiologia, que opera com 390% de lotação na emergência adulto; no Hospital São Lucas, com 360% de lotação; e no Hospital Santa Casa, com 236%. A situação apresenta melhora em relação ao registrado na quarta-feira (21), quando a emergência da Santa Casa, por exemplo, contava com 314% de lotação e sete hospitais estavam com atendimentos restritos.
Os pronto-atendimentos (PAs) também registram superlotação. Na UPA Moacyr Scliar, que atende 49 pacientes, a lotação é de 288%. Na quarta-feira, era de 340%. Neste domingo, o PA Bom Jesus estava com 192% de lotação, PA Lomba do Pinheiro com 150% e PA Cruzeiro do Sul com 142%.
Na maioria das unidades, os casos relacionados a doenças respiratórias são predominantes.
O município decretou situação de emergência em saúde pública no dia 16 de maio. A medida tem validade por 90 dias e ocorre devido ao aumento no número de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em adultos e crianças. O prazo pode ser prorrogado conforme os indicadores epidemiológicos.
De acordo com o Painel de SRAG da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a Região Metropolitana já soma 1,9 mil hospitalizações por conta da condição em 2025. A reportagem de Zero Hora tentou contato com municípios como Canoas, Alvorada e Cachoeirinha para entender como está a situação fora da Capital, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.