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SEU PROBLEMA É NOSSO

Após sofrer golpe, família precisa de doações para seguir com tratamento de criança 

Mãe foi procurada por empresa de home care, que ofereceu ajuda para seu filho; meses depois, descobriu que era fraude

04/06/2025 - 05h00min

Atualizada em: 04/06/2025 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Alice dos Santos/Arquivo Pessoal
Ezequiel necessita seguir com seu tratamento.

Alice dos Santos, 29 anos, mãe de Ezequiel da Rosa Machado, três anos, está enfrentando momentos difíceis no tratamento de saúde de seu filho. Moradores do bairro Lomba do Pinheiro, na Capital, a família foi vítima de um golpe de uma clínica de home care. O esquema consistia na falsificação de documentos para garantir contratos pagos pelo poder público. 

Em janeiro do ano passado, o Diário Gaúcho contou a história do menino. Na época, a necessidade era uma bomba de infusão para que Ezequiel pudesse se alimentar, visto que não estava conseguindo devido à quantidade de quimioterapias que realizava durante seu tratamento contra um câncer.

Por meio de doações após a publicação da matéria, o equipamento foi disponibilizado para a criança. Entretanto, além dessa conquista, uma clínica de home care entrou em contato com Alice, alegando que gostaria de prover os cuidados do tratamento de Ezequiel. Desconfiada, a mãe do bebê estranhou a forma repentina do contato, mas o desespero em conseguir ajudar seu filho falou mais alto. Com o auxílio da clínica, o processo na Justiça foi ganho e as necessidades da criança atendidas. Assim, em julho de 2024, por meio dessa empresa de home care, Ezequiel começou seu tratamento.

Fraude

Segundo a mãe, em menos de um mês, Ezequiel começou a receber uma série de assistências  mediadas pela empresa, como fisioterapia e fonoterapia, além de atendimento médico domiciliar. A criança ainda fazia uso de uma cama hospitalar para auxiliar no seu tratamento em casa, que também tinha sido disponibilizada pela home care.

Entretanto, em março deste ano, Alice soube de uma série de fraudes que estavam acontecendo no Estado relacionadas a essa instituição, mas não imaginava que ela mesmo estivesse vivendo a situação:

— Minha mãe me ligou e falou “saiu uma reportagem na TV e eu acho que é da empresa que está atendendo o Ezequiel”. Eu falei que achava que não era, mas quando vi na televisão, era a mesma (empresa), sim. 

A partir desse dia, Alice começou a receber certas cobranças dos serviços que os profissionais prestavam:

— Teve um dia que o nutricionista veio atender o Ezequiel e me disse que não sabia se viria para a próxima sessão, porque não estava recebendo o pagamento. 

Desamparo

Quando questionava as sócias da empresa, a resposta era que os atendimentos iriam seguir. Mais algumas semanas passaram e os retornos da instituição foram diminuindo, até que um dia Alice não recebeu mais respostas. Os profissionais de saúde começaram a cancelar os atendimentos, todos alegando falta de pagamento. 

Foi quando Alice observou novamente os laudos produzidos pela empresa e reparou que mostravam um aparelho de ventilação, medicamentos caros e fortes, e outras necessidades que seu filho nunca utilizou. O Estado fornecia verba para tratamentos de que Ezequiel não precisava. 

Segundo a mãe, boa parte das exigências que estavam no processo não eram repassadas para seu filho. Depois que a fraude foi identificada, ele perdeu toda a assistência.

— Atualmente, o Ezequiel está sem atendimento nenhum, porque os profissionais não estavam sendo pagos — diz a mãe, emocionada.

Um pedido

Com toda essa situação, a mãe do menino, agora desempregada para cuidar do filho, contratou outro advogado para seguir na busca dos atendimentos de que seu filho precisa, e que não conseguiu pelo SUS. Em meio a esse cenário, Alice diz não saber mais o que fazer.

— Eu, como mãe, fico muito preocupada, porque o meu filho está regredindo muito. E as defesas dele estavam muito boas. Mas agora, os médicos não conseguem entender o que está acontecendo — diz a mãe, comovida.

Devido às doenças da criança (câncer, granulomatose crônica e citomegalovírus), Ezequiel não come pela boca, além de possuir a pele muito sensível devido a um transplante de medula óssea, realizado recentemente. Além disso, se desloca de 15 em 15 dias para o Hospital de Clínicas para realizar outros exames e também segue com medicações diariamente. 

Alice pede auxílio de profissionais que possam ajudar o seu filho e também contribuições para custear os valores de necessidades como curativos e medicamentos. 

Como ajudar

/// A chave Pix para doações é (51) 99753-7290.

*Produção: Ana Júlia Santos


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