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RETRATOS DA VIDA

Banda marcial pede apoio para buscar um novo título

Grupo comunitário de Viamão, que acumula premiações, precisa de ajuda para disputar mais um campeonato estadual

05/06/2025 - 09h30min

Atualizada em: 05/06/2025 - 09h31min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Arquivo Pessoal/Reprodução
Equipe reúne integrantes de seis a 22 anos.

Na Região Metropolitana, a música instrumental virou sinônimo de união, persistência e amizade. A Banda Comunitária Viamão, mais conhecida como BCV, é uma banda marcial que tem como objetivo levar o ensino gratuito de música para crianças e adolescentes

Neste ano, o grupo pretende seguir alçando voo e busca apoio de doações e patrocinadores para participar do campeonato estadual, que ocorre em outubro, na cidade de Balneário Pinhal. 

A BCV atua desde 2016 e utiliza a música como ferramenta de desenvolvimento. 

Por ser um projeto comunitário, a banda busca apoio em leis municipais e estaduais, além de doações da comunidade ao longo do ano. Atualmente, o grupo é formado por 60 componentes dos bairros Cecília, Itapuã, Esmeralda e Pimenta, em Viamão, e também da Grande Cruzeiro, na Capital. Em sua formação, reúne músicos de seis a 22 anos.

Aos 28 anos, Éwerton Souza expandiu sua profissão e deixou de ser apenas professor de português e música para assumir a regência da banda marcial.

Dentre os anos como regente, ele relembra momentos marcantes vividos pelo grupo, como um dos títulos de Banda Ouro recebido em 2023 no interestadual. O título foi concedido pela atuação do grupo, que teve três campeonatos consecutivos ganhos.

Conquistas

Em Viamão, a BCV é a segunda corporação musical a alcançar este feito. E esse é apenas um dos títulos do grupo, que é filiado à Associação Gaúcha de Bandas e à Agência de Bandas Marciais do Litoral Norte, sendo pentacampeão estadual, tricampeão interestadual e campeão nacional pela Associação de Bandas e Fanfarras do Estado de Santa Catarina.

Éwerton conta que, ao longo dos anos de funcionamento do projeto, o grupo como um todo já enfrentou diversos obstáculos para permanecer atuando na comunidade:

– Desde a nossa fundação, passamos por desafios para conseguir manter o projeto de pé. Todo o valor que precisamos é angariado através de ações entre amigos, vaquinhas online, festividades ou pedágios solidários.

De uniforme novo

Para além das doações, uma conquista que o grupo compartilha é a aquisição dos uniformes para as apresentações. Segundo o regente, o fardamento foi comprado a partir do apoio financeiro da Lei Aldir Blanc, junto ao município de Viamão. 

Éwerton relata que a cada ano que eles participam de campeonatos ocorre uma mobilização para a arrecadação de fundos. Neste ano, o valor arrecadado para o Campeonato Estadual de Bandas será destinado para custear inscrições, transporte e alimentação. O grupo estima uma média de valor de R$ 5 mil.

– A ideia deste ano foi de buscar apoiadores de pequenas e grandes empresas, e a contrapartida será por meio de apresentações solicitadas e divulgação de suas marcas em nossas camisetas e banners – destaca o professor. 

Sobre os objetivos futuros, para além de campeonatos, Éwerton diz que o grupo busca conquistar uma sede própria para os ensaios, que hoje ocorrem aos sábados, em uma parceria com o Centro Social Amavtron, localizado no bairro Santa Tereza, na Capital.

Uma atuação em família

Andressa Behrens, 36 anos, e a filha Lana Behrens, 13 anos, dedicam-se juntas à banda marcial, cada uma a seu modo. Lana integra a BVC há dois anos. E Andressa decidiu apoiar o grupo e acompanhar a adolescente.

Lana destaca que o grupo “virou uma segunda família”. Outro ponto mencionado por ela é o conhecimento e as experiências vividas com o projeto. A ação oportuniza que a estudante conheça o RS por meio das apresentações e dos campeonatos. 

E ela imagina, ainda, a possibilidade até de visitar outras regiões do Brasil. Quando perguntada sobre as expectativas para o campeonato, a jovem musicista responde:

– Iremos nos empenhar e estamos colocando muita força a cada dia que passa.

Parceria

No início, a mãe, que é diarista, notou que sua filha teve uma rápida mudança positiva de comportamento, graças a sua dedicação pela música. Então, Andressa e o esposo, Eder Duarte, 44 anos, se uniram para apoiar o projeto.

A diarista atua dentro da banda como coordenadora das crianças e Eder, quando possível, disponibiliza seu tempo para ser motorista da equipe. A mãe destaca que o projeto é muito importante para sua família e que “todo o apoio é necessário”:

– É uma coisa tão bonita, todo esse empenho, toda essa força, essa união que a gente tem.

Bryan Siqueira, 13, também integra o grupo. Sua mãe, Eline Bastos, 32, menciona um ponto positivo da participação do filho: a amizade. Antes, o jovem tinha dificuldade de comunicação e a BCV mostrou um outro lado do garoto, ela diz.

Como ajudar

/// Acompanhe o grupo pelo Instagram: @bcv_viamao

/// O grupo aceita patrocinadores, parcerias para transporte, doações de instrumentos musicais usados ou qualquer outro material para apoio. Segundo o regente, a ideia para 2025 é alcançar apoiadores de pequenas e grandes empresas. E o retorno será por meio de apresentações solicitadas e divulgação de sua marca em camisetas e banners da equipe.

/// Entre em contato pelo WhatsApp (51) 99788-2836.


*Produção Josyane Cardozo


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