Coluna da Maga
Magali Moraes: 13 é azar ou sorte?
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho


Tudo depende do ponto de vista. Meu aniversário é em um dia 13, a vida inteira simpatizei com esse número. A exceção é quando ele cai numa sexta, e todas as superstições que rondam a data prejudicam sua imagem. Sozinho, o 13 funciona bem. No modo sexta-feira 13, vá que traga azar. Falando em simbolismos, pelo menos hoje dá pra relaxar porque tem proteção extra. 13 de junho é o dia de Santo Antônio. Sou católica não praticante, mas confesso: tenho uma quedinha por ele.
Ser conhecido como o santo casamenteiro é mais que crença popular, é fé no amor. Lá nos antigamentes, Toninho ajudou uma rapariga a conseguir um dote pra poder casar. Desde então, ele é convocado pra dar uma força a muitas solteiras e solteiros em busca de relacionamentos sérios. Que responsabilidade, hein? Ainda mais que o seu dia é colado no dos Namorados. Imagina quantas estátuas de Santo Antônio seguem de cabeça pra baixo até que ele traga o par tão esperado.
Humildade
Padroeiro dos humildes é outra denominação inspiradora. Que a humildade de Santo Antônio nos ajude a reconhecer que ninguém é melhor do que ninguém, não importa o dia da semana. Voltando a hoje, em meio aos festejos de Santo Antônio, que mal uma sexta-feira 13 pode trazer? Acontece a famosa distribuição de pães pra que não falte alimento na casa dos fiéis. Além de missas, bênçãos e procissões. Gatos pretos estão convidados, nenhuma escada vai fazer mal se passarmos por baixo.
Falando em festa, estamos na época das juninas. Olha aí o Santo Antônio se unindo aos amigos São Pedro e São Paulo pra animar geral, independentemente da religião. A gente lembra sempre do quentão e de tantas comidas típicas, as bandeirinhas decorando tudo, a pescaria, a quadrilha, a fogueira, o chapéu de palha e o xadrez remendado. Por trás disso, está Toninho nos protegendo. Sem chance pro azar nessa sexta-feira 13. Sorte de quem tem uma festa junina pra ir no fíndi.