Eu ia chamar de look de dormir, mas convenhamos, essa onda de frio não permite pensar em moda. É uma questão de sobrevivência. Sem condições de bom gosto, modernidade ou qualquer expectativa de se vestir relativamente bem ao deitar. Vamos combinar uma coisa? Durante o inverno, ninguém julga ninguém. Vale sobrepor camadas de tudo aquilo que você considerar quentinho. E essas camadas têm vida própria, não se conversam, cada uma tem a função de agregar calor.

Até a chegada da primavera, sem a remota possibilidade de alguma camisolinha sexy de alcinha. Até os diminutivos gelam a alma. Rendas e decotes? Pernas de fora? Socorro. A previsão do tempo pede cobrir o corpo com lãs, flanelas e apeluciados. Pode ser um pijama bonito, quem sou eu pra causar pesadelos. Desde que aqueça o suficiente. Melhor se for uma mistura de aquecedor elétrico com bolsa de água quente e fogão à lenha. Me veio à mente um pijama horrível, porém fumegante.

Sonhando

Esses dias, ouvi falar que existe lençol de plush e agora ando sonhando com essa maravilha. Que ideia boa! Importante o entorno que acompanha a roupa de dormir: cobertores, mantas, colchas tricotadas e crochetadas. É o conjunto da obra que garante um bom sono. Sortudos são os bebês que dormem com pijama de pezinho. A gente pode até dormir de meias, mas é certo que elas vão ser perdidas ao longo da noite. E quem gosta de ler deitado? As mãos sem luvas gelam segurando o livro.

Interessante lembrar que uma roupa de dormir não se limita à cama. No inverno, ela passeia tranquilamente pela casa, se mimetiza com o sofá, pode dar um pulo na rua pra levar o lixo ou pegar uma encomenda na portaria. Também encara um dia inteiro de trabalho remoto. Se não tiver reunião e não precisar abrir a câmera, tá liberado o pijamão véio de guerra (seja qual for). Repita comigo: a prioridade é não passar frio e manter o bom humor. Estampas esquisitas ajudam nisso.

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