Nesta semana, cheguei aos 45 anos. Como a expectativa de vida no Brasil é de 76 anos, de acordo com o IBGE, pela lógica ainda tenho pouco mais de 30 anos para viver a vida, ser feliz e gerar felicidade. Parece muito para quem é jovem, mas quem já está no bonde dos “enta” sabe que esses trinta anos passam rápido. 

Em meu aniversário, pensei como queria ser lembrado, não na internet, mas pelos amigos que amo e que me amam. Foi pensando nisso que decidi ser o cozinheiro da minha festa. Fiz comida para mais de cem amigos. 

Ver eles elogiando meu tempero, repetindo várias vezes e dizendo que ano que vem estariam ali para provar novamente me trouxe uma alegria que ainda não tinha experimentado. 

Pensei que vai ser muito bom ser lembrado como o amigo que cozinhava bem e rápido para muita gente. Ser lembrado como o amigo que fazia uma mistureba que parecia que não ia dar certo, mas que no fim ficava boa. Essa foi minha decisão, ser lembrado pelo meu tempero carregado de amor e afeto. 

Como ecoamos na eternidade é resultado de uma construção diária e, mesmo não tendo nenhuma comprovação, acredito que os sorrisos que fazemos brotar enquanto estamos nessa vida são moedinhas que colocamos no cofre da eternidade. 

Adoraria que você, que lê esse texto, pudesse provar da minha comida, pois assim como os convidados do último dia 18, você é meu amigo.