Notícias



Cenário preocupante

"O sistema esgotou, não temos mais espaço físico" diz secretário de Saúde da Capital sobre lotação de leitos pediátricos

Não há vaga em nenhuma das 478 unidades de enfermaria e unidades de terapia intensiva (UTI). Os hospitais de Clínicas e Criança Conceição estão atendendo apenas casos enviados pelo Samu

18/06/2025 - 11h10min

Atualizada em: 18/06/2025 - 11h10min


Lisielle Zanchettin
Lisielle Zanchettin
Enviar E-mail
Lauro Alves/Agencia RBS
Secretário de Saúde da Capital afirma que não há espaço físico para ampliações.

Todos os 478 leitos pediátricos de Porto Alegre estão ocupados e o sistema está "esgotado", conforme o secretário de Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, nesta terça-feira (17). A situação faz com que os hospitais de Clínicas, Conceição e Materno Infantil Presidente Vargas restrinjam os atendimentos.

— Estamos com todos os leitos pediátricos ocupados. O sistema esgotou, não temos mais espaço físico. Os que podiam ser colocados, já foram instalados — explicou Ritter.

O total inclui leitos de enfermaria e unidades de terapia intensiva (UTI). O montante já inclui os 61 leitos extras anunciados pela prefeitura para a Operação Inverno.

Na noite desta terça-feira, 28 crianças aguardavam à espera de um leito. Segundo o painel de monitoramento, apenas sete eram moradores de Porto Alegre.

Restrições em hospitais 

O cenário de superlotação é visto há semanas nos hospitais. O Clínicas afirma que opera acima da capacidade há 36 dias, no entanto, a situação se agravou. Com isso, a instituição está atendendo apenas casos encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

De acordo com a instituição, todos os recursos materiais e humanos estão sendo utilizados no limite.

O Hospital Criança Conceição também está com restrição total para atendimentos na emergência, recebendo apenas casos do Samu. Todos os leitos com pontos de oxigênio estão ocupados.

No Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, a lotação atinge 175%. São 21 pacientes para 12 leitos na emergência. A prioridade é para casos considerados com risco de morte.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias