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Prefeitura de Porto Alegre emite alerta para risco de leptospirose durante cheias; saiba quais os sintomas e como prevenir

Neste ano, a Capital registrou 15 casos da doença

25/06/2025 - 09h43min

Atualizada em: 25/06/2025 - 09h43min


Zero Hora
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Duda Fortes/Agencia RBS
Cheia do Guaíba atingiu a Região das Ilhas.

A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre emitiu um alerta aos gaúchos e a profissionais de saúde para risco de leptospirose após o contato com a água de enchente e alagamentos. Neste ano, a Capital registrou 15 casos da doença — dois em janeiro, três em fevereiro, cinco em março, três em abril e dois em maio.

Nos últimos dias, diversos rios gaúchos como o Rio Jacuí, Rio Caí, Rio dos Sinos e Rio Gravataí tiveram uma elevação no nível da água e invadiram alguns municípios após forte chuva no Estado.

Na Capital, o Guaíba ficou em cota de alerta e, no Cais Mauá, a água chegou a invadir a superfície devido ao vento forte na segunda-feira (24). 

Diagnóstico e sintomas

As manifestações da leptospirose variam de formas assintomáticas até quadros graves que podem levar o paciente à morte.

São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia. O período de incubação – intervalo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas – varia de um a 30 dias, mas é comum ocorrer entre sete e 14 dias após a exposição a situações de risco.

Veja os principais sintomas da fase precoce:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
  • Falta de apetite
  • Náuseas/vômitos

Segundo o Ministério da Saúde, a evolução para quadros graves ocorre em 15% dos casos. A manifestação clássica da leptospirose nesse tipo de paciente é a síndrome de Weil, caracterizada pela chamada tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa - icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar.

O diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue no qual é verificado se há presença de anticorpos para leptospirose (exame indireto) ou a presença da bactéria (exame direto).

Prevenção

A limpeza da lama de enchentes deve ser feita com equipamento de proteção, pois a bactéria pode infectar superfícies como móveis, paredes e chão. 

Para isso, deve-se usar luvas e botas de borracha e lavar o local com uma solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, na seguinte proporção: para 20 litros de água, adicionar duas xícaras de chá (400mL) de hipoclorito de sódio a 2,5%. A solução deve agir por 15 minutos. A hidratação e alimentação também devem ser monitoradas.

O tratamento

O atendimento a pacientes com leptospirose é ambulatorial em casos leves; nas situação graves, a hospitalização deve ser imediata. Segundo o Ministério da Saúde, a antibioticoterapia é indicada em qualquer período da doença, mas é mais eficaz na primeira semana do início dos sintomas. 

Além disso, na fase precoce, são utilizados doxiciclina ou amoxicilina; para a fase tardia, penicilina cristalina, penicilina G cristalina, ampicilina, ceftriaxona ou cefotaxima.




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