Prevenção
Aplicação de imunizantes contra a gripe aumenta em Porto Alegre, mas cobertura vacinal ainda está abaixo da meta nos públicos prioritários
Busca foi 53% maior nos primeiros sete meses deste ano do que no ano passado, mas meta de 90% para grupos alvos ainda está longe de ser alcançada


O número de aplicações de vacina contra a gripe nos primeiros sete meses deste ano, em Porto Alegre, é superior ao registrado no mesmo período de 2024. Apesar disso, a cobertura vacinal nos grupos prioritários ainda está abaixo do esperado.
Conforme balanço divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 626.632 pessoas foram imunizadas contra a influenza desde janeiro até esta quarta-feira (23).
O número representa um aumento de quase 53% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando 409.665 pessoas tomaram o imunizante.
Estão imunizados 61% dos idosos (189.631), 46% das crianças (35.663) e apenas 25% das gestantes (2.638) da Capital. A meta é vacinar 90% de cada um desses grupos.
— Os idosos tiveram um pouquinho de melhora no percentual de vacinação, mas esse grande aumento foi na população em geral — avalia o enfermeiro Augusto Crippa, chefe do Núcleo de Imunizações Zona Sul da SMS.
Segundo o profissional, embora seja importante que a população em geral esteja vacinada, é preciso que principalmente os grupos alvos procurem a vacinação:
— Eles (idosos, crianças e gestantes) são a população prioritária porque são o público mais suscetível às complicações da infecção pelo vírus.
Atualização anual
O chefe do Núcleo de Imunizações Zona Sul da SMS também aponta que a busca pela vacina da gripe deve ser feita todo o ano, já que o imunizante é atualizado anualmente:
— Não adianta a gente ter feito a vacina no passado e não fazer esse ano de novo. Quanto antes for feita a vacina, antes as pessoas vão estar protegidas e a tendência é que não necessitem de internação, com uma resolução da infecção viral mais tranquila do que precisar ir para o hospital, ir para uma UTI, e até ter um desfecho desfavorável — complementa Crippa.
Das 29 pessoas que morreram em decorrência da influenza em Porto Alegre neste ano, 25 estavam sem vacinação atualizada, ou seja, não tinham se vacinado neste ano.
As doses estão disponíveis nos postos de saúde para todos os públicos.