Seu Problema é Nosso
Família de Canoas pede ajuda para custear cadeira de rodas
Mãe busca um equipamento adaptado para melhorar mobilidade e qualidade de vida de sua filha, que tem paralisia cerebral.


Karine Silva Pereira, 24 anos, é moradora do bairro Harmonia, em Canoas, e desde maio do ano passado tem passado por dificuldades em seu dia a dia devido à falta de uma cadeira de rodas adaptada. A jovem tem paralisia cerebral desde seu nascimento. A condição afeta os movimentos e a postura, impactando sua autonomia.
Durante a enchente, sua casa foi um dos locais afetados. Após passar um dia em um abrigo improvisado em uma sala de aula, a jovem, junto de sua mãe, Cinara Denise Padilha, 56 anos, se mudou para uma casa, onde foi acolhida com a ajuda de uma técnica de enfermagem. Em junho de 2024, a mãe levou a filha para um posto de saúde, onde a equipe conseguiu uma cadeira de rodas, já que ela estava sem nenhuma.
– Foi um momento muito difícil e de adaptações para nós – relata a mãe.
Desde então, a jovem faz uso de um equipamento doado que não permite a mobilidade externa. Cinara é quem realiza todos os cuidados que Karine necessita, e lida com as dificuldades enfrentadas devido à longa espera para o agendamento da medição e retirada de uma cadeira adaptada.
No último mês, a família foi chamada para realizar o tratamento e informada que seria contemplada com a cadeira. Porém, a medição só ocorrerá em janeiro de 2026. Com a urgência da necessidade do equipamento, Cinara está em busca de doações financeiras para realizar a compra.
Falta de acessibilidade no transporte
No dia a dia, a mãe relata que seu tempo é totalmente dedicado aos cuidados de Karine. Devido à condição da filha e limitações da cadeira que a jovem utiliza hoje, as duas enfrentam dificuldades para circular na rua. Entre os desafios está o transporte.
Poucos aplicativos de carro possuem veículos adaptados e muitas vezes as corridas não são aceitas por causa da cadeira, que não pode ser desmontada.
Karine também precisa de órteses nas pernas para poder ficar em pé e fazer fisioterapia. Os acessórios já foram solicitados e elas aguardam a confecção ser finalizada. Cinara relata que a falta de amparo e agilidade no processo trazem um sentimento de impotência:
– Eu me sinto impotente como mãe, por não poder ajudar ela, porque daí ela tem que ficar só dentro de casa. A gente não pode sair, e isso afeta a qualidade de vida.
Ao relatar a frustração, a dona de casa revela que sente o impacto direto no emocional de Karine. Em sua última consulta com a fisiatra, a profissional observou que a jovem está mais cabisbaixa e com indícios de depressão.
AJUDE
// Para realizar doações de valores, está aberta uma vaquinha.
// A família também aceita a doação de uma cadeira adaptada pelo número (51) 99867-4447.
*Produção: Josyane Cardozo