Responda rápido: quanta água você bebe por dia? Chimarrão não conta. Suco e refri, muito menos. Água pura, esse é o ponto. Desde a virada do ano estou com a missão de tomar mais água. Minha garrafinha (que não é tão inha) funciona como uma bengala. Se some do meu campo de visão, não percebo que estou com sede. É difícil criar o hábito, tem que insistir até automatizar na rotina. Nem sempre consigo tomar a garrafa inteira ao longo do dia, reabastecer seguido ainda é um sonho.

Depois que a gente aprende a tomar um pouco mais de água, já percebe os benefícios. Se faz falta pras plantas, imagina pra nós. Uso um aplicativo que manda notificações com lembretes no celular, o que ajuda. No verão foi tranquilo. Agora no inverno complicou. Esses dias, quase na hora de dormir senti falta da garrafa. Procurei pela casa, e nada. Aí lembrei que havia ido com ela de manhã cedo pra academia. A coitada ficou esquecida lá o dia inteiro. Me hidratei com saliva por horas e horas.

Passos

Vou desistir? Capaz. Quero ser uma pessoa saudável. Então sigo em frente, por mais que ande alguns passos pra trás. Nos ensinam no colégio que o nosso corpo é composto de 70% de água, depois ignoramos essa informação. Ah, mas tomar água é sem graça. Se esse for o problema, tente aromatizar com uma rodela de limão ou laranja (melhor que nada). E não dá pra esperar sentir sede, senão a cota de água necessária por dia nunca vai ser atingida.

Nessa jornada em busca de mais saúde, aprendi com a nutri que não se deve tomar água durante as refeições. Nenhum líquido, aliás. Atrapalha o processo digestivo e confunde a sensação de fome e saciedade. No início, parecia impossível. Fui diminuindo aos poucos a quantidade, e hoje consigo almoçar no seco. Mas deixo um golinho de água por perto, caso precise. No mais, já fiz as pazes com a minha garrafa por aquele abandono total. Escrevemos juntas essa coluna. Cada frase, um gole.

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