Coluna da Maga
Magali Moraes e uma paixão: pão
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho


Que colunista não ama quando os leitores sugerem um assunto bom? Delicioso, eu diria. O querido Jorge Luis Rodrigues, que sempre manda mensagens comentando as colunas, me pediu pra escrever sobre os responsáveis pela primeira refeição do dia: os padeiros (sua profissão). É pra já, até comi uma torradinha antes de começar, pra entrar no clima. Porque não tem hora certa quando se trata de saborear o resultado da mistura de farinha de trigo, fermento, sal, açúcar e água (acertei?).
A gente fica do lado de cá do balcão da padaria, observando os pães expostos e esperando a nossa vez de fazer o pedido. Enquanto isso, do lado de lá, mais especificamente nos bastidores da cozinha, não se imagina o corre do padeiro e ajudantes pra tirar a fornada e preparar a próxima. Sorte é estar na fila quando trazem pão quentinho. Melhor comprar a mais porque algum deles será abocanhado no caminho de casa. Assim mesmo, puro, cortado com as mãos, o miolo fumegante.
Cacetinho
Hoje em dia são tantas variedades de pães que fica difícil conter a gula. Seja o clássico pão francês (cacetinho aqui no Sul, nome que gera risadas em outros estados) ou as receitas com sementes, recheios, farinhas diferenciadas e fermentação natural. O padeiro bota a mão na massa, acerta a crocância da casca, e a gente sempre come mais do que deveria. Isso é que é elogio. Se no dia seguinte o pão continuar macio, aí viramos fãs do padeiro e da padaria ou mercado.
Não deve ser moleza agradar a todos, tem a turma que pede o pão mais queimadinho e os que preferem o clarinho. O que a maioria concorda: pão vai bem na primeira refeição do dia, como lembrou o Jorge, e também nas outras. Acompanha a sopa e pratos com molho no almoço e jantar, vira lanche no meio da tarde, é atração nas festas (torta fria e cachorro quente), é até sobremesa (rabanada e pudim de pão). Mas fica a dica. Comer com moderação pra manter viva essa paixão.