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Coluna da Maga

Magali Moraes: o ponto da carne

Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

04/07/2025 - 05h00min

Atualizada em: 04/07/2025 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Fernando Gomes/Agencia RBS
Magali Moraes

Ponto não é tudo igual. Na língua portuguesa, ponto final é diferente do ponto e vírgula. Que não tem nada a ver com o ponto de exclamação e de interrogação. No vocabulário, são tantos pontos: de vista, de venda, de ônibus, de encontro. Existem o ponto de partida e o de chegada. Cada um de nós tem o seu ponto fraco (tomara que tenhamos muitos pontos fortes). Se alguém quiser botar os pontos nos is, o papo é sério. Agora se a pessoa não dá ponto sem nó, melhor manter distância. 

Nos trabalhos manuais, há uma infinidade de pontos de tricô, de crochê e de costura. Sem falar nos pontos que os médicos costuram em nossa pele (se errarem, ferrou). Onde sempre dá erro é o ponto da carne. Não a nossa, mas a do boi, da galinha, do porco. Como hoje é sexta-feira, vem aquela vontade de churrasco. Por isso, vamos tentar chegar a um acordo antes que o assador surte: ao ponto de quem?! Protejam a maminha, o vazio e o costelão até que o povo se entenda.

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Ponto da carne não é tudo igual. Cada um tem um gosto e uma expectativa. Ao ponto mesmo? Como se isso esclarecesse algo. Ao ponto… pra mais ou pra menos? Nem o mal passado tem uma definição clara. É sangrento, isso se sabe, mas é sangue até que ponto? O bicho vivo ou médio vivo? Se o critério for o tom do vermelho, vai mais pro carmim ou púrpura? Os rosados também são variados e subjetivos. Outro ponto que complica é o bem passado, que facilmente passa do ponto e torra.

Eu só peço uma coisa: que o assador tenha coragem e paciência. Já quem está esperando pra comer, que seja compreensivo e menos exigente. Isso vale pros cozinheiros e comilões em geral. Se o prato envolve algum tipo de carne, vamos colocar os pontos nos is: nem sempre se acerta, cozinhar não é uma ciência exata. E o batedor de bife pode estar por perto, não convém arriscar. Quando o assunto é churrasco, é mais que refeição. É confraternizar. Esse é o ponto. Bom fíndi! 

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