Notícias



Abertos na segunda

Novos leitos pediátricos do Hospital Universitário de Canoas são fechados por falta de médicos

Situação foi verificada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul. Uma médica precisou trabalhar por 36 horas seguidas

24/07/2025 - 14h24min

Atualizada em: 24/07/2025 - 14h25min


Lisielle Zanchettin
Lisielle Zanchettin
Enviar E-mail
Lisielle Zanchettin/Agencia RBS

Os 10 novos leitos pediátricos de unidade de terapia intensiva (UTI) abertos na segunda-feira (21) no Hospital Universitário de Canoas não estão recebendo pacientes. O motivo é a falta de médicos intensivistas pediátricos nas escalas.

A situação foi verificada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) durante uma vistoria na noite de quarta-feira (23). Segundo o presidente da entidade, Marcelo Matias, uma médica chegou a trabalhar durante 36 horas. O caso será notificado ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers).

— Na ocasião, uma criança estava internada com suporte ventilatório e a profissional trabalhou por 36 horas porque não havia quem a substituísse. Ela só conseguiu deixar o local quando o paciente foi enviado para a UTI do hospital. Inaugurar um serviço e, poucos dias depois, não ter escala mostra o cenário da saúde da cidade — disse Matias.

O Hospital Universitário de Canoas é administrado pela Associação Saúde em Movimento (ASM). A instituição afirma estar buscando uma empresa de médicos para prestar o atendimento adequado. A previsão é de que um contrato seja assinado ainda nesta quinta-feira (24). 

Os 10 leitos foram instalados na Clínica da Criança, que foi reaberta na mesma data. Além das vagas de UTI, também foram anunciados oito leitos de suporte respiratório. Todos fazem parte da Operação Inverno Gaúcho, do governo do Rio Grande do Sul, e serão mantidos com verba estadual por 90 dias.

Procurada, a prefeitura de Canoas afirmou que notificou a ASM e está articulando medidas para garantir a assistência aos pacientes do município e para os referenciados por meio da regulação do governo do Estado. 


MAIS SOBRE

Últimas Notícias