Litoral Norte
Parte da plataforma marítima de Atlântida desaba durante ciclone extratropical; veja antes e depois do ponto turístico
Local estava interditado desde 2023, quando parte da estrutura desabou com a força da maré


Um dos principais pontos turísticos do litoral norte do Rio Grande do Sul, a plataforma marítima da praia de Atlântida, na cidade de Xangri-lá, teve uma parte de sua estrutura destruída na tarde desta segunda-feira (28), durante a passagem de um ciclone extratropical pelo Estado.
De acordo com José Luis Rabadan, presidente da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama), a parte que ruiu tem cerca de 25 metros de comprimento.
Segundo ele, um laudo emitido pelo Laboratório de Ensaios de Modelos Estruturais (Leme), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apontava risco de desabamento no local por danos em uma viga da plataforma.
Desde 2023, o local estava interditado, após parte da estrutura ter sido destruída pela maré.
O Rio Grande do Sul é atingido desde a madrugada desta segunda-feira (28) por ventos fortes, de mais de 100 km/h, que causaram danos a estruturas e transtornos em diversas cidades do Estado.
De acordo com a CEEE Equatorial, cerca de 346 mil clientes ficaram sem energia elétrica em toda área de concessão. As cidades mais impactadas são Porto Alegre, Capão da Canoa, Viamão e Osório.
Até o final da tarde desta segunda, está vigente um alerta laranja para vendaval emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os ventos devem seguir variando entre os 60 km/h e os 100 km/h.

Histórico
Fundada em 1975, a plataforma avança por cerca de 280 metros sobre o mar. Em 2023, parte da estrutura já havia desabado.

De acordo com a prefeitura, a estrutura da plataforma já estava comprometida pelo menos desde 2021, e negociações para reparos do local entre a administração municipal e a Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama), órgão independente responsável pela manutenção do local, estavam em andamento.
Em 1997, uma parte da estrutura da plataforma já havia cedido, e nunca foi completamente restaurada. Ondas fortes em 2016 e 2019 também já haviam danificado parte do pier.

De acordo com a Asuplama, o local recebia cerca de 30 mil turistas por ano antes de ser destruído e era usado principalmente para pesca. Em algumas épocas do ano, é possível ver baleias no local.