Direto da Redação
Ana Júlia Santos: "Primeiras vezes"
Jornalistas do Diário Gaúcho opinam sobre temas do cotidiano


Eu gosto muito de primeiras vezes. Adoro aquela sensação de poder realizar alguma coisa nova. O frio na barriga antes de fazer algo que eu sempre quis fazer – ou que nunca pensei em fazer. A emoção de ter feito a coisa mais simples do mundo (como aprender a calibrar o pneu, no meu caso) e sentir uma coragem descomunal.
Sim, esse é um exemplo de uma das pequenas coisas que já me senti aliviada quando finalmente aprendi. Claro que existem primeiras vezes mais tensas e complicadas, mas que no fim, sempre trazem um ensinamento, ou viram história para contar.
É um pouco contraditório, porque também tenho um certo receio do “depois”. Por exemplo, como vou me sentir após ter essa experiência? Será que eu vou mudar muito ou esse fato vai simplesmente virar algo que daqui a uma semana eu nem vou me lembrar? Geralmente é a segunda opção. Mas nunca perde a graça. É um misto de emoções que eu gosto muito.
Nervosismo
Pensei nesse tema porque esse é o meu primeiro Direto da Redação. Quando entrei no DG, há um ano e três meses, escrever aqui era algo que eu queria fazer, mas o nervosismo sempre estava lá. Uns dois meses atrás, quando soube que teria que escrever algo aqui, a tensão já tomou conta.
Pensei muito no que poderia escrever, porque muitos colegas e, agora, amigos que admiro e convivo escrevem mensagens tão lindas e inspiradoras, e eu não tinha ideia do que escrever. Até pensei em passar a minha vez – o nervosismo tomando conta novamente. Mas, como seria a minha primeira vez, estou aqui.
Gosto de me desafiar e depois sentir alívio ao perceber que deu certo. Acredito que esse espaço é uma forma de me aproximar com o leitor e não poderia deixar minha vez passar. E você, leitor? Quando foi a última vez que fez algo pela primeira vez? Quero saber!