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Vigilância Sanitária

Denúncias contra estabelecimentos de Porto Alegre ultrapassam todo ano passado

Questionada por Zero Hora, a Secretaria Municipal da Saúde não divulgou quantas dessas denúncias se tornaram fiscalizações.

25/08/2025 - 12h42min


Guilherme Milman
Guilherme Milman
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Secretaria Municipal de Saúde/Divulgação
Na Cidade Baixa, um restaurante foi flagrado com alimentos impróprios para o consumo.

O número de denúncias por más condições sanitárias em estabelecimentos de Porto Alegre registradas pelo canal 156 da prefeitura em 2025 já ultrapassa o total de todo o ano passado. Até a manhã desta segunda-feira (26), foram contabilizados 1.361 registros — 20 a mais do que em 2024 inteiro.

Considerando apenas denúncias com teor sanitário — que tenham de fato conteúdo ligado a problemas fiscalizados pela vigilância de alimentos — o número também é maior: 817 neste ano contra 768 nos 12 meses do ano passado. Em agosto, quando vieram à tona casos de grande repercussão, as denúncias sanitárias chegaram a triplicar.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, após o recebimento, cada denúncia passa por análise. São acatadas as denúncias que apresentam risco imediato à saúde. São priorizados relatos que partem de hospitais, como em situações de surtos. Também é considerada a quantidade de registros e a gravidade relatada.

Questionada por Zero Hora, a Secretaria Municipal da Saúde não divulgou quanto dessas denúncias se tornaram fiscalizações. Na última sexta-feira (25) o secretário Fernando Ritter afirmou que a quantidade de estabelecimentos interditados saltou de 10 para 30 em 2025.

Em meio ao aumento de denúncias e à repercussão das fiscalizações, parte dos  empresários vêm criticando as ações da Vigilância em saúde. No final de semana, donos do estabelecimento Casa Vivá publicaram vídeos nas redes sociais alegando irregularidades cometidas por servidores durante uma vistoria realizada na sexta-feira;

Nesta segunda-feira (25), 

A prefeitura afirmou que recebeu três denúncias referentes ao local e encontrou irregularidades. A reportagem apurou que foram encontrados alimentos vencidos, carnes em processo de deterioração, produtos de origem animal sem procedência e conservas sem controle de pH ou validade. Mais de 300 quilos de alimentos foram descartados.

O Executivo informou ainda que instaurou procedimento interno para apurar a conduta da servidora responsável pela fiscalização


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