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Coluna da Maga

Magali Moraes: o chato do ChatGPT

Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

11/08/2025 - 05h00min

Atualizada em: 11/08/2025 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Fernando Gomes/Agencia RBS
Magali Moraes

Ando com uma preguiça desse moço que nem sei. O ChatGPT parece aquelas pessoas que tentam te agradar de qualquer maneira. O tipo de gente que é culta, inteligente, prestativa, educada, esforçada… porém chata. Cada vez que eu pergunto algo pra ele, no final vem sempre um agradinho falso: o que mais posso fazer por você? Quer que eu mostre outras alternativas? Quer que eu crie um desenho explicativo? Uma tabela? Quer que eu faça cafuné e diga como você é linda?

Isso ele não disse ainda, mas é questão de tempo. Se você não sabe o que é o ChatGPT, vou explicar do meu jeito mesmo. É uma ferramenta de inteligência artificial criada pela empresa OpenAI, que tenta ser o mais humana possível e responde qualquer coisa que você perguntar. Ela se baseia em todo o conteúdo disponível na internet pra dar essas respostas. Já está roubando o trabalho de muita gente, e ai dela se tentar ocupar o meu lugar aqui como colunista do DG. Sai pra lá, coisa ruim!

Exibido

Há pouco eu perguntei: “Me convença a usar ChatGPT no dia a dia”. O resultado foi pobrinho e exibido: “Claro! Aqui vai um argumento direto e honesto pra te convencer a usar o ChatGPT, sem enrolação. Você tem um cérebro extra à disposição. Por que não usar?” Me irritei com a resposta, que audácia, eu amo meu cérebro! Aí mandei: “Achei muito rasa essa explicação, melhore os argumentos”. E ele: “Perfeito. Vamos deixar a conversa mais densa e realista”. E dê-lhe blablablá.

O ChatGPT é um chato incansável. Melhor nem dar corda, que a minha paciência tem limite. Ele até pode ser a revolução digital e ter suas qualidades. Só que, nessa busca por se humanizar, está se tornando um serzinho-robô muito mala. Por curiosidade, eu observo e faço algumas pesquisas (quando lembro que ele existe). É um mal necessário que ainda não me convenceu. Agora se mudarem o nome pra ChatoGPT, talvez eu sinta mais simpatia por essa máquina que chegou pra ficar.

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