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Papo Reto

Manoel Soares: Decisão do luto

Colunista escreve no Diário Gaúcho aos sábados 

09/08/2025 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Reprodução/@manoelsoares
Colunista reflete sobre o luto.

Quando uma pessoa amada morre, naturalmente uma dor se instala em nosso coração. Geralmente, essa dor tem etapas, o que algumas linhas da psicologia chamam de cinco fases do luto, divididas em negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. 

Cada uma dessas fases tem sua importância e não pode ser ignorada. Mas claro que a vida não para só porque estamos de luto. Precisamos encontrar forças para seguir em frente, até porque cada pessoa tem seu tempo nesse processo. Algumas pessoas, em poucos meses, conseguem encontrar a paz e a aceitação da partida, outras levam anos até conseguirem retomar a vida sem que as lembranças dolorosas roubem a felicidade. 

Não existe receita para secar as lágrimas de uma partida, a única constante em todos os casos é o tempo. O que não quer dizer que com o tempo passa; muitas vezes, com o tempo a dor fica maior e mais intensa. 

O que alguns amigos especialistas me disseram, quando fiz a pesquisa para escrever esse texto, é que os primeiros dias de luto são fundamentais para que a dor siga em uma direção menos avassaladora. Depois que uma pessoa parte dessa vida, uma parte dela fica em nós na forma de lembrança e outra parte se vai com a morte. Uma decisão que nem sempre nos damos conta é se olhamos para a ausência da pessoa que partiu ou se olhamos para a parte dela que ficou em nós e em quem amamos. 

Ser ou não ser feliz

Decidir se olhamos para a presença ou para a ausência é um desafio que o luto traz. Essa decisão é diária e complexa, mas pode fazer a diferença entre ser ou não feliz. Você que vive o luto, já conseguiu tomar essa decisão?


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