Seu Problema é Nosso!
Comunidade pede melhorias em via na Zona Sul da Capital
Pais e responsáveis de escola no bairro Vila Assunção relatam problemas com buracos em rua e faixa para pedestres danificada

A Escola de Educação Infantil Doce Caramelo, no bairro Vila Assunção, enfrenta problemas com buracos e falta de manutenção na faixa de pedestres na Rua Praça João Bergman. Um pedido que é feito há mais de 10 anos e que foi atendido após o contato realizado pela reportagem do DG com os órgãos públicos da Capital, ontem. Porém, ainda faltam soluções para o espaço.
A situação vivenciada por pais e responsáveis que levam e buscam crianças na instituição é a de complicações para estacionar e preocupação com a segurança. O local destinado para a passagem dos estudantes atualmente possui apenas pedaços do asfalto e uma pintura apagada da faixa de sinalização.
Jeanete Alvez é diretora da Doce Caramelo e relata que houve um tempo em que a manutenção do espaço era constante, mas com o passar dos anos o local foi se desgastando e a frequência dos reparos acabou diminuindo.
– Cansei de tanto pedir. Tu solicita, eles prometem e nunca aparecem - desabafa.
O DG realizou um contato na tarde da segunda-feira com a Secretaria de Serviços Urbanos (SMSUrb) e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) para saber informações sobre a situação. Na manhã de ontem, uma equipe da prefeitura foi até o local e iniciou a manutenção em uma caixa de esgoto que estava ao lado dos buracos.
Segundo Jeanete, os profissionais seguiram os trabalhos durante a tarde. A calçada foi quebrada e o espaço foi isolado. A equipe informou à diretora que outros profissionais retornariam para finalizar o conserto da calçada e dos paralelepípedos.
Apelo
Um dos exemplos que mostram na prática as dificuldades causadas pela situação é o de Cristina Frantz. Ela é mãe de uma menina de cinco anos com autismo e as idas e vindas à escola se tornaram um desafio.
A advogada dedica sua rotina exclusivamente aos cuidados da pequena, porém destaca que a falta de acessibilidade presente em frente à escola é um tópico desanimador e que causa sentimentos de “raiva, indignação e tristeza”:
– É uma escola com crianças pequenas e não é apenas um problema, são irregularidades na rua que aumentam, a passagem que é praticamente inexistente e a dificuldade para estacionarmos.
Em seu desabafo, a mãe relata que sua filha já caiu uma vez em um dos buracos e ela demonstra preocupação de que outras pessoas da comunidade passem pelo mesmo. No último mês, Cristina diz que fez pedidos formais pelos canais oficiais da ouvidoria da prefeitura de Porto Alegre, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e a Secretaria Municipal de Transparência e Controladoria.
Contrapontos
/// A reportagem realizou contato na segunda-feira com a EPTC, que informou que as solicitações recebidas estão em análise e “passando por trâmites internos”. Ainda destacou que, para além da sinalização, será preciso realizar um capeamento asfáltico no trecho da faixa de travessia e afirmou que “tais pedidos não foram encaminhados pelos canais oficiais da EPTC”.
/// A empresa também reafirmou na nota a importância da sinalização para a prevenção de acidentes e para a segurança da comunidade. A EPTC também informou para o DG que as vagas destinadas a Pessoas com Deficiência (PCDs) são de sua responsabilidade. E que, nesse caso, seria importante que “a escola buscasse agendar uma reunião com a Diretoria da Área Técnica da empresa, para verificar o andamento da solicitação”.
/// Sobre as condições da via, a Secretaria de Serviços Urbanos (SMSUrb) informou que “a via é pavimentada em pedra irregular e está em bom estado de conservação”. E informou que os moradores da região rejeitam asfalto sobre o pavimento de calçamento. Sobre a caixa que está ao lado de um dos buracos, o órgão destacou que pertence a empresas de telefonia e a demanda precisa ser registrada no 156 e “encaminhada à Fiscalização Municipal”.
*Produção: Josyane Cardozo