Finde movimentado
Gre-Nal em Semana Farroupilha eleva venda de carne em açougues de Porto Alegre: "Gaúcho gosta de celebrar com churrasco"
Seja para assar em casa ou nos piquetes, costela é corte com mais saída, afirmam donos de estabelecimentos


O clássico Gre-Nal no mesmo final de semana em que se celebra a Revolução Farroupilha está puxando — para cima — a venda de carnes em açougues de Porto Alegre. Gremistas e colorados se uniram em uma mesma causa: fazer churrasco. Em estabelecimentos visitados pela reportagem na tarde desta sexta-feira (19), o incremento no faturamento chegou a 20% neste mês de setembro.
Marcos dos Santos, gerente comercial da Casa Moacir, marca que tem duas lojas na Capital, diz que é nos dias de clássico que os clientes mais compram carne. O próximo confronto será neste domingo (21), às 17h30min, perto do fim desta edição do Acampamento Farroupilha.
— O cliente que acampa vem em busca de algo mais completo, com mais variedade. Já o cliente que faz em casa busca carnes diferentes, novidades. Ele quer fazer uma receita que viu, mostrar para o amigo. Pessoal faz muito "costelaço". É a carne que mais sai em setembro. Tu assa costela normal o ano todo. Na Semana Farroupilha, querem assar no fogo de chão — diz Santos.
Nos quatro açougues visitados nesta tarde, a costela é o corte que mais está saindo. O preço nessas lojas varia de R$ 30 a R$ 39,90 o quilo. Para se prepararem à alta procura desse tipo de proteína, os estabelecimentos programaram pedidos com antecedência e compraram caixas do produto vindas de outros Estados.

No Shopping de Carnes, na Avenida Azenha, além da costela, o vazio e a picanha também estão com boa saída.
— A semana do acampamento sempre costuma ser a mais movimentada de setembro, mas toda data comemorativa faz aumentar a venda de carne. O gaúcho gosta de celebrar com churrasco — diz o gerente da unidade, Adairton Borges.
Compras no Mercado Público
O Mercado Público é a primeira opção de muitos porto-alegrenses na hora de comprar carne. Não seria diferente no "mês do gaúcho". Nesta tarde, o mestre de obras Alvelino dos Santos foi ao tradicional centro de compras para repor o estoque de carnes de seu piquete no Parque Harmonia.
— Eu e meu grupo trouxemos bastante carne da nossa cidade, mas acabou nos primeiros dias. Agora, estamos vindo aqui no "mercadão" para seguir abastecendo o espeto — diz.
Na Casa de Carnes Santo Ângelo, o empresário Rafael Sartori já vendeu 1,2 tonelada de costela desde o começo de setembro. No mesmo mês, em 2024, foram comercializados 990 quilos do corte.
— Vendemos bastante para o pessoal que está no acampamento. Na primeira semana, a galera mete muito churrasco. Chega na segunda semana, começamos a vender muita galinha, charque e bacon. Eles não aguentam mais comer tanta carne — diz Sartori.

Já o empresário Valdir Sauer, sócio do açougue San Remo, diz que a venda de carnes costuma ser maior em datas que são celebradas no começo do mês:
— Recebemos bastante encomenda de carne. No dia 20, o pessoal já está sem dinheiro. Infelizmente, o salário não acompanhou o aumento da carne nos últimos anos. O pessoal está muito apertado agora. De repente, muda a data do feriado. Que tal? — brinca Sauer.