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161 casos

Porto Alegre registra 15 surtos da síndrome mão-pé-boca em escolas e creches

Vírus afeta, principalmente, crianças menores de cinco anos. Os principais sintomas são febre, mal-estar e pequenas feridas vermelhas na pele

14/09/2025 - 08h32min

Atualizada em: 14/09/2025 - 08h33min


Maria Stolting
Maria Stolting
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Segundo a prefeitura, metade dos registros está concentrada em bairros da zona Sul.

A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS) emitiu na quarta (10) um alerta epidemiológico para o aumento expressivo de casos de síndrome mão-pé-boca. Atualmente, 15 surtos estão sendo acompanhados. Eles são concentrados em estabelecimentos de educação infantil, como creches e escolas da Capital.

Um surto é caracterizado quando há pelo menos três casos relacionados entre si em um mesmo local. Entre a segunda quinzena do mês de julho e a primeira semana de setembro, 19 surtos foram registrados pela SMS, com 161 casos da doença registrados, entre bebês, crianças e adultos.

Segundo a prefeitura, metade dos registros está concentrada em bairros das zonas Sul, Centro-Sul e no bairro Restinga. Em 2024, foram notificados à SMS 20 surtos.

Sintomas e complicações

A doença é causada pelo vírus Coxsackie e afeta principalmente crianças menores de cinco anos. O período de incubação varia de três a seis dias. Os primeiros sintomas são febre, dor de garganta, mal-estar e perda de apetite. 

Depois, aparecem pequenas feridas avermelhadas na boca, nas mãos e nos pés, que dão nome à síndrome. Em adultos, na maioria dos casos, o contato com a doença não desenvolve sintomas.

Na maioria dos casos, a doença desaparece de forma espontânea entre sete e dez dias, sem complicações. O maior risco é de desidratação, quando a criança rejeita líquidos e alimentos. Também podem ocorrer complicações neurológicas, como meningite e encefalite, além de vômitos, sonolência persistente ou espasmos. 

Como é transmitido?

A transmissão acontece por contato direto entre pessoas ou com fezes, saliva, secreções, alimentos e objetos contaminados. O contágio ocorre principalmente na primeira semana, mas o vírus pode ser eliminado pelas fezes por até quatro semanas.

Entre as medidas de prevenção, a secretaria recomenda isolar pessoas com sintomas, higienizar as mãos ao manusear alimentos, após usar o banheiro e antes e depois da troca de fraldas, além de manter superfícies limpas com desinfecção adequada. Também é indicado lavar diariamente roupas comuns e de cama.

Surtos com três ou mais casos devem ser comunicados à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis Agudas pelos telefones do plantão epidemiológico (51) 3289-2471 ou 3289-2472, ou pelo e-mail epidemio@portoalegre.rs.gov.br.

*Colaborou: Fernanda Axelrud


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