O que você imagina ao ler esse título? Uma coluna sobre um doce de ovos que é uma bomba calórica? Ou quem sabe algo negativo sobre eles, como uma notícia capaz de entristecer qualquer galinha poedeira? Os ovos já foram vilões na alimentação. Hoje em dia são os mocinhos: entregam muita proteína e saúde. Mas não é sobre isso. O assunto também não é a gripe aviária ou a alta no preço dos ovos (alguma oferta boa a gente encontra, tem que procurar bem).

A bomba de ovos é o que eu fiz aqui em casa. Sou uma pessoa que se distrai facilmente, você há de lembrar das várias chaleiras queimadas e de outras aventuras na cozinha. Esse negócio de fazer três coisas ao mesmo tempo não dá certo. Botei seis ovos pra cozinhar, deu vontade de comer ovo duro com carreteiro. A intenção era sobrar pra hora da janta. Liguei o fogo e fui pra sala fazer meus alongamentos. Nisso, mudei de ideia e resolvi descer pra academia do prédio. Fiz uma hora de esteira.

Desgraças

Quando voltei, suada e orgulhosa da minha disciplina, fui recebida com a seguinte pergunta: “Quem quer ovo cozido?” Meu Deus!! Os ovos!!! Tenha um marido que ri das desgraças cotidianas (e que ajuda a limpar a bagunça que ele não fez). Os ovos explodiram na cozinha. Pensa no susto… e na sujeira. Tinha ovo grudado no teto, nos armários, por tudo. Pois é, de tédio ninguém morre comigo proporcionando esses momentos surpreendentes. Perdi seis ovos, só não perdi o bom humor.

Eu já tinha me programado pra escrever sobre o Halloween, essa data americana que abrasileirou total. Ia falar de abóboras com caretas, fantasmas e bruxas. Mudei de planos, mas não saí do tema. A bomba de ovos foi horripilante e assustadora, como convém à ocasião. Em vez de falsas teias de aranha, a minha decoração foi feita de desatenção. A panela, coitada, ganhou uma máscara de gemas e claras retorcidas. É o que sempre digo: pelo menos, rendeu coluna. Booooo!

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