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Coluna da Maga

Magali Moraes: Tim-tim de metanol

Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

06/10/2025 - 07h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Fernando Gomes/Agencia RBS
Magali Moraes

Nem brindar em paz se pode mais. Desde que o metanol entrou no cardápio de drinks, qualquer taça é suspeita. Em São Paulo, panicou geral (e com razão). Os casos de intoxicação por destilados apareceram ainda em Pernambuco e Distrito Federal. Onde mais? Em qualquer estado, quem vai pagar pra ver? Até que provem o contrário, toda vodca, uísque, gim e cachaça podem ter sido alvo de adulteração. É pra cuidar o lacre mal posicionado, o rótulo mal impresso… como ter 100% de certeza?

A gente ri dos memes, vi o da champanheira cheia de gelo e Toddynho. Mas a coisa é séria. Cegueira, morte e complicações de saúde. O sextou abalou por tempo indeterminado. É um péssimo negócio pra distribuidores, bares e restaurantes. Essas garrafas apreendidas são parte do estoque. Depois que a notícia esfriar, quantas bebidas que não foram recolhidas voltarão para as prateleiras e coqueteleiras? A desconfiança seguirá sem cheiro, sem cor, sem sabor de metanol.

Verão

Não gosto de destilados, sou fã dos vinhos. A turma da cerveja também fica tranquila. Daí, a gente lembra da caipirinha, paixão nacional. E do verão chegando. Nem corta o limão, guarda o açúcar, cancela a caipiroska e suas variações, não é uma boa ideia por enquanto. Nos casamentos e aniversários, o metanol não é convidado (adeus, ilha de caipirinhas). Nas confraternizações de final de ano, a preocupação não é mais o tiozão ou o chato da firma. É o metanol se enturmando.

E quem não bebe? Melhor cenário possível. O consumo de álcool caiu muito entre os jovens, a geração Z está focada na saúde e busca outras formas de se divertir. Parabéns! Hoje em dia, as baladas (opa, as noites) acontecem mais cedo.  Agora é moda (opa, é trend) as coffee parties: festas matinais regadas à cafeína. Eu não dispenso um bom café, nem um bom vinho. E seguido surgem notícias de vinhos falsificados. A procedência é tão importante quanto a quantidade ingerida.

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