Em um podcast sobre psicologia que escuto pra melhorar o meu espanhol (sí, uniendo dos cosas que me gustan), ouvi algo que faz pensar. As pessoas querem ter uma vida longa, como se a quantidade de anos garantisse o melhor aproveitamento do nosso tempo aqui na Terra. Em vez disso, seria mais interessante buscar ter uma vida larga, vivendo os mais variados tipos de experiências que ampliam a idade cronológica. Quantidade versus qualidade, sabe assim?

Esse questionamento tem tudo a ver com o momento. Hoje é meu aniversário. Completar 58 anos, agora estando tão perto dos 60, gera muitos pensamentos e até um balanço da vida. Dizem que essa fase é a infância da velhice. Ou a adolescência, sei lá. Curiosa essa comparação, de qualquer forma. Me encanta ter chegado até aqui, e ainda ter bastante chão pela frente (dedos cruzados). Pra ser sincera, quero mais é ter uma vida longa e larga. Aproveitar cada vez mais todos os dias das próximas décadas.

Línguas

Lucidez e saúde, o combo perfeito. Também amor, amigos, família, viagens e novos desafios (como aprender espanhol e outras línguas que me esperam). Sigo trabalhando pra ocupar o cérebro, agora com mais flexibilidade pra cuidar de mim e dos meus. Olho pro espelho e vejo quase um experimento raro: tenho o rosto de uma mulher da minha idade, com rugas e sem procedimentos. O corpo corre atrás do prejuízo (e de força, músculos e equilíbrio pra ter autonomia).

O rejuvenescimento que me agrada é feito de momentos prazerosos, de pessoas interessantes, risadas, livros, conversas gostosas, brindes, passeios, paz de espírito, noites bem dormidas. De aprender coisas novas, aceitar as mudanças (em mim e nos outros), fazer planos e não me entregar pro tédio. Bora inventar a próxima fase. Isso é o que imagino de vida larga. Que seja longa pra dar tempo de fazer tudo. E você, já parou pra pensar em como quer continuar construindo a sua história?

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