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Muito além do lençol: as fantasias sexuais

Não é apenas a roupa em si que excita, mas o jogo de papéis que ela sugere

17/10/2025 - 13h48min


Charles Schneider Borges
Charles Schneider Borges
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Reprodução/Reprodução

As fantasias sexuais fazem parte da vida erótica da maioria das pessoas. Elas não são apenas “acessórios do sexo”, mas expressões da imaginação, que transformam o encontro íntimo em algo mais criativo e estimulante. Ao contrário do que muitas vezes se pensa, fantasiar não significa insatisfação com o parceiro ou com a relação.

Quando falamos em roupas e figurinos, entramos no território da imaginação encenada. Uma lingerie diferente, uma roupa de couro, um uniforme ou até mesmo fantasias inspiradas em personagens podem despertar excitação porque criam novos contextos. O cérebro interpreta essa novidade como estímulo erótico. Nesse sentido, não é apenas a roupa em si que excita, mas o jogo de papéis que ela sugere.

Objetos também entram nesse universo. Algemas, vendas, chicotes, vibradores e brinquedos eróticos não são apenas “acessórios”: eles ajudam a explorar outras formas de prazer, envolvendo sensações de surpresa, poder, vulnerabilidade ou intensidade física. O uso responsável desses itens pode ampliar a conexão entre os parceiros, desde que exista consentimento e respeito pelos limites de cada um.

Diferença

Já os fetiches representam desejos mais específicos. Eles podem envolver partes do corpo (como pés), situações (como dominação ou submissão) ou objetos. É importante entender que ter um fetiche não é sinal de anormalidade ou problema psicológico — a maioria é vivida de forma saudável e consensual. Só se considera patológico quando gera sofrimento, é compulsivo ou envolve práticas sem consentimento. Fora disso, fetiches são parte da diversidade da sexualidade humana.

Claro que existem situações em que fantasias ou fetiches podem gerar angústia, culpa ou conflitos no casal. Nessas horas, procurar um especialista em saúde sexual pode ajudar a compreender melhor o que está acontecendo, tirar o peso de preconceitos e orientar formas seguras de viver esses desejos.

No fim das contas, fantasias, roupas, objetos e fetiches são ferramentas que o cérebro usa para criar histórias eróticas. Quando encarados sem tabu, eles não ameaçam a relação — pelo contrário, podem tornar a vida sexual mais prazerosa.


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