Em 2029
Avenida Ipiranga ganhará nova faixa para veículos em trecho de novo empreendimento
A ideia é que a mudança facilite o acesso ao conjunto de prédios sem causar impacto no trânsito


A construção de um empreendimento no local do antigo ginásio da Brigada Militar irá causar transformações na Avenida Ipiranga. O trecho próximo ao cruzamento com a Rua Silva Só, no sentido bairro-centro, será ampliado de cinco para seis faixas. A obra, no entanto, só deve ser feita em 2029, próximo à inauguração do novo espaço.
Trata-se de uma contrapartida a uma construção que já está sendo executada pela Melnick, junto com Embarcadero Tornak e DC Set. O projeto prevê três prédios residenciais e um food hall, nome dado a um espaço gastronômico, que deve ser o maior do mundo.
Atualmente, o cruzamento já possui mais faixas do que o restante da avenida. São três faixas para carros que seguem em direção ao centro (uma delas interditada por obras), uma exclusiva para ônibus e outra para conversão na Rua Silva Só. A ideia é que a faixa extra facilite o acesso ao empreendimento sem causar impacto no trânsito.
A ampliação é parte de uma série de projetos que constam em um termo de compromisso assinado junto à prefeitura. Está prevista também a requalificação e possível mudança de local da ciclovia, além de ampliação no cruzamento da Silva Só com a Rua Felipe de Oliveira e melhorias em travessias de pedestres.
Para que as transformações entrem em vigor, foi elaborado um Estudo de Viabilidade Urbana (EVU), que mediu o impacto das obras no local. Procurada, a Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre confirmou que as medidas foram aprovadas e o documento assinado em agosto.
O que é contrapartida?
Contrapartida é uma medida de compensação de uma empresa ou organização em troca de um benefício concedido a ela. Essa medida se enquadra em empreendimentos enquadrados como Projetos Especiais de Impacto Urbano. Para que esses empreendimentos possam ser implantados, é feita a avaliação dos seus impactos na região da cidade em que foram propostos.
Neste caso, as empresas responsáveis pelo empreendimento receberam autorização da prefeitura para executar o projeto, e por isso, terão que compensar o impacto da construção executando obras de melhoria urbana.
Nem sempre a contrapartida é feita com obras viárias, e pode resultar em construções e reformas de praças, unidades de saúde ou outros espaços públicos. Cabe ao município definir qual obra será realizada.