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Bolsonaro admite uso de ferro de solda para violar tornozeleira, diz relatório; veja vídeo

Documento da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal aponta para "marcas de queimadura" na circunferência do aparelho

22/11/2025 - 18h15min


Júlia Ozorio
Júlia Ozorio
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Seape/Divulgação
Imagem mostra tornozeleira queimada.

Um relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) do Distrito Federal, divulgado neste sábado (22), afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro alegou ter usado ferro de solda para violar a tornozeleira eletrônica durante a madrugada.

Conforme o documento, a alegação teria ocorrido após o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) verificar que o alarme do dispositivo de monitoramento do ex-presidente havia disparado, às 0h07min da madrugada, em razão de um alerta de violação. 

A partir disso, uma equipe de escolta foi enviada à residência de Bolsonaro, onde constatou que o equipamento apresentava "sinais claros e importantes de avaria", incluindo "marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local de encaixe/fechamento do case". 

Ainda segundo o relatório, Bolsonaro chegou a ser questionado por agentes penais sobre o que havia causado avarias na tornozeleira. O político, então, respondeu que havia utilizado um ferro de solda para tentar abrir o equipamento.

"O monitorado foi questionado acerca do instrumento utilizado. Em resposta, informou que fez uso de ferro de solda para tentar abrir o equipamento", diz trecho do texto.

O equipamento, então, foi substituído. Um vídeo dessa confissão também foi anexado pela Seape no relatório. Assista:

No vídeo divulgado, é possível ouvir o ex-presidente admitindo: "Meti o ferro quente aí", ao responder o que teria ocasionado os danos à tornozeleira.

Bolsonaro afirmou ainda não tentou romper a pulseira: “Não rompi a pulseira não. Está tranquilo.”

Defesa deve se manifestar

O relatório foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Após a análise do material, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a defesa do ex-presidente da República se manifeste em 24 horas sobre a violação da tornozeleira eletrônica utilizada por ele no cumprimento da prisão domiciliar. 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também deverá se manifestar após a defesa.

O alarme da tornozeleira do ex-presidente disparou às 00h07min da madrugada. Menos de seis horas depois, um comboio da Polícia Federal se dirigiu à casa do ex-presidente para cumprir o mandado de prisão preventiva decretada pelo ministro.


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