Vale do Sinos
Conheça Corona, o gato de Novo Hamburgo que viralizou ao não deixar o tutor ir na academia
Vídeo onde o felino se agarra ao tênis do empresário Cezar Dienstmann alcançou milhões de visualizações e expôs ao público a rotina bem-humorada da dupla


Um gatinho de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, virou assunto nas redes sociais após protagonizar uma cena comum para o tutor, mas curiosa para quem assistiu de fora. No vídeo, o empresário Cezar Augusto Dienstmann, 43 anos, tenta calçar o tênis para ir à academia quando Corona, o felino branco de sete anos, cruza o corredor e se joga sobre o pé do tutor.
Deitado sobre o calçado, ele abraça a perna do tutor e mia alto, determinado a impedir a saída. A gravação, feita no apartamento onde vivem, viralizou e apresentou ao público o comportamento que Cezar conhece desde que adotou o animal: um gato ciumento e atento a cada movimento do tutor.
Para quem acompanha os vídeos, a cena é quase um retrato da rotina dos dois, feita de pedidos de atenção, recusas de carinho em momentos inesperados e reações imediatas sempre que o empresário "se afasta um pouco mais". A repercussão fez com que Cezar compartilhasse outros registros do dia a dia com Corona, ampliando o alcance da dupla no TikTok e no Instagram.
De busca por um cachorro ao encontro com seu gato
Corona chegou à vida de Cezar sete anos atrás, quando o empresário e a então namorada procuravam um cachorro para adotar.
Após receber sugestões de que um gato seria mais adequado para apartamento, ele soube de uma ninhada disponível: filhotes siameses e um único branco, do tipo red point. O nome surgiu antes de descobrirem que o filhote era macho:
— Nos informaram que era fêmea e demos o nome Corona em conotação à cerveja. Dez dias depois, minha cunhada brincou: "como vocês não viram que é um machinho?". Mas como ele já atendia pelo nome, deixamos assim — explica.
Personalidade forte
Corona cresceu como "filho único" e, segundo o tutor, sempre demonstrou personalidade marcante:
— Sempre foi extremamente apegado e ciumento, faz muita questão de mostrar que se sente incomodado com visitas — conta Cezar.
O comportamento diário segue um padrão que o empresário brinca já ter decorado:
— Como a maioria dos gatos, ele passa 70% do tempo dormindo, 20% brincando e 10% cuidando da beleza.
As manhãs e noites costumam ser passadas juntos. Criado sempre em ambientes internos, o felino só sai de casa acompanhado. Até porque, tentativas de inserir outros animais no convívio não deram certo — o gatinho Corona reage de forma territorial, com exceção do cachorro dos vizinhos, a quem gosta de "incomodar", segundo o empresário.
"Relacionamento tóxico"
O conteúdo que deu início à repercussão foi justamente o momento em que o gato tentou impedir o tutor de ir à academia. Corona se deitou sobre o pé de Cezar e não permitiu que ele avançasse um passo. A reação rendeu milhões de visualizações.
Depois disso, outros vídeos passaram a atrair atenção, entre eles um no qual Corona recusa um beijo e o que aparece miando forte, como um "rinoceronte", afirmou o tutor no vídeo.
Em outro, Cezar comenta, aos risos, o comportamento oscilante do pet:
— Se eu não dou atenção para ele, ele fica chamando. Se eu dou atenção, ele me xinga. É um relacionamento tóxico.
Nos comentários, seguidores brincam que tutor e gato são "parecidos" e pedem que o empresário adote um "irmãozinho" para o felino.
A rotina em casa
Cezar começou a criar vídeos há cerca de seis meses, com a intenção de provocar reflexões e "tirar as pessoas da própria bolha". Corona entrou naturalmente nas gravações e, em pouco tempo, as visualizações cresceram.
Apesar da visibilidade, a rotina com Corona permanece a mesma. Quando precisa ficar sozinho, o gato encontra a casa preparada: janelas com proteção abertas, água corrente, sachê e ração.
Se o tutor passa mais de um dia fora, alguém de confiança assume os cuidados. Para Cezar, a relação com o felino vai além das gravações e das redes sociais:
— É o ser que consegue fazer com que eu seja mais humano — resume.