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Diabetes: suas diferenças e como prevenir

Doença é causada pela insuficiência da produção ou má absorção da insulina

19/11/2025 - 23h26min

Atualizada em: 19/11/2025 - 23h32min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
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Cerca de 90% dos pacientes diabéticos têm DM2 no Brasil.

Hoje é Dia Mundial e Nacional do Diabetes. O dia 14 de novembro ficou conhecido pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que juntas definiram a data para reforçar a conscientização e evidenciar a importância da prevenção desde 1991.

A doença é causada pela insuficiência da produção ou má absorção da insulina. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações em diferentes partes do corpo humano. Em casos mais graves, a doença pode levar à morte.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem atualmente, no Brasil, mais de 16 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.

Especialistas recomendam a realização de exames com acompanhamento médico, além do cuidado diário com a alimentação e a prática de exercícios físicos. A endocrinologista e diretora do Departamento de Educação e Campanhas da SBD, Dhiãnah Santini, explicou os tipos, causas e tratamentos da doença.

Tipos e sintomas

A especialista explica que os principais tipos de diabetes são 1 e 2. Há ainda o diabetes gestacional, causado durante a gravidez pelas mudanças hormonais.

O diabetes tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. O quadro clínico se instala de forma abrupta e é sintomático.

Os casos do DM1 são recorrentes em crianças e adolescentes, entre 10 e 14 anos, sendo menos comuns em adultos de qualquer idade. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é estimado que ocorram 25,6 casos por 100 mil habitantes a cada ano.

Sintomas 

/// Perda de peso

/// Desidratação

/// Sede excessiva

/// Aumento do apetite

Fatores de risco 

Já o diabetes tipo 2 (DM2), diferente do tipo 1, não é autoimune, mas possui diversos fatores de risco. A apresentação clínica inicial é geralmente assintomática. 

Contudo, segundo Dhiãnah, quando se manifestam, os sintomas estão associados à elevação da glicose e incluem cansaço, dor de cabeça, aumento da frequência urinária e visão embaçada. 

Um sinal de alerta também é a presença de manchas escuras nas dobras da pele. As principais diferenças entre o DM1 e o DM2 estão relacionadas à etiologia, à apresentação clínica e ao tratamento. 

Exemplos

/// Estilo de vida sedentário

/// Histórico familiar

/// Ganho de peso

/// Pressão alta

/// Colesterol alto

/// Idade avançada

Ela explica que para o tipo 1 o único tratamento aprovado e eficaz é a insulinoterapia, que consiste no uso de insulina aplicada. Já o tratamento para o tipo 2 pode envolver tanto medicamento via oral quanto a insulina.

Tratamento

Pacientes com DM1 precisam de injeções diárias de insulina para manter a glicose em níveis normais. Cada caso é avaliado por um profissional, que pode prescrever insulina e combinar medicamentos. Para esse tratamento, é aconselhável que o paciente tenha um glicosímetro.

No caso do DM2, o tratamento identifica o grau de necessidade de cada pessoa e indica o medicamento adequado. Para tratar o diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos de graça. Ao todo, são seis medicamentos disponibilizados em farmácias credenciadas. Além da caneta para injeção de insulina e a insulina análoga.

Opções

/// Alfaglicosidase: impede a digestão e absorção de carboidratos

/// Sulfonilureias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas células

/// Glinidas: agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas

Diagnostico Precoce

A médica destaca que o diagnóstico precoce é fundamental:

— Ela é a única forma de realmente evitar o desenvolvimento da memória metabólica e das complicações futuras do diabetes. 

Sobre as consequências de um diagnóstico tardio, Dhiãnah explica que o paciente pode ficar anos exposto à elevação da glicose. Entre os desafios para o controle e o tratamento, a médica destaca a educação. Para ela, é importante que as informações cheguem à comunidade.

Mitos e verdades

Dhiãnah pontua que um dos principais equívocos sobre o consumo de açúcar é a ideia de que ele sozinho seja capaz de causar o diabetes.

Ela afirma que, se consumido com moderação, o alimento não influencia no desenvolvimento da doença.

*Produção: Josyane Cardozo


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