Coluna da Maga
Magali Moraes e as luzes de Natal
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho


Tem espaço na sua vida pra magia do Natal? Luzinhas, trenós, guirlandas e penduricalhos pra decorar a casa e curtir o lúdico da data? Sem falar no sentido religioso, não apenas tirar da caixa o presépio. É lembrar do seu significado. Eu sempre reluto pra entrar no clima, tentando inutilmente segurar as rédeas do ano. Esses dias, vi em uma loja uma almofada linda em formato de pinheirinho. Logo pensei: pra que gastar com isso? Já tenho enfeites o suficiente.
Essa época testa os nossos lados racional e emocional. O sonho do Natal com neve versus o calorão de dezembro aqui nos trópicos. O Papai Noel gordo e bem agasalhado lá do Hemisfério Norte, e o nosso bom velhinho suando com o traje obrigatório pra cumprir sua jornada nos shoppings e festas de família. Junto com a preparação da casa, vem a lista dos afazeres: comidas, bebidas, looks, presentes e lembrancinhas. Dezembro é sinônimo de encontros e de gastos.
Concurso
Lembra quando algumas ruas se empenhavam tanto na decoração dos prédios que viravam ponto de visitação à noite pra se ver as luzes? Havia até um concurso da prefeitura de Porto Alegre pra premiar a casa mais iluminada e decorada. Foi-se o tempo. Algumas janelas e sacadas ainda mantêm uma tímida tradição de luzinhas. Perto de onde moro, vizinhos comerciantes se uniram pra iluminar uma parte da quadra. A gente passa por ali, e abre um sorriso. A magia vencendo o concreto.
Já fiz o verdadeiro abre-alas do Natal, que é montar a árvore. Esse ano, mudei a tática: em vez de ficar procrastinando e reclamando, tirei tudo das caixas e montei rapidinho. A intenção foi resolver logo o assunto, mas depois me fez bem ver a árvore pronta e as luzinhas piscando. São os mesmos enfeites de sempre. Eu, nem tanto. Muita coisa mudou desde o Natal passado. Isso, sim, me encanta. Você já parou pra pensar nas pequenas grandes transformações no seu último ano? Rende assunto.