Direto da Redação
Alberi Neto: Os dias de luta também contam
Jornalistas do Diário Gaúcho opinam sobre temas do cotidiano


Mais um ano que se aproxima do fim, hora em que muitos de nós está riscando da lista aqueles objetivos traçados no último réveillon. Mas também é um momento em que parece que só se pode comemorar e celebrar, agradecer de maneira obrigatória por tudo. Nem sempre os dias são só de céu azul e temperatura agradável. As instabilidades fazem parte da jornada pra todo mundo que se lança diariamente nas ondas do mar da vida.
Não escrevo essas linhas para bancar o pessimista, meu amigo e minha amiga leitora. Longe disso! Mas para me solidarizar com você (ou talvez para que você se solidarize comigo). Podemos, juntos, estar sentindo que, talvez, este tenha sido um ano difícil. Uma compra sonhada não se concretizou; um dinheiro que era esperado não veio; um problema de saúde surgiu no meio do caminho; entre outros. São coisas que, infelizmente, acontecem.
Depois de tudo
Para nós gaúchos, principalmente, 2024 deixou uma marca que se estende por algumas paredes e comunidades até hoje. Algo que, ainda bem, não chegou nem perto de se repetir neste ano. Mas no coração de cada um, os desafios individuais seguiram. Para mim, foi um ano de readaptações, desafios e perdas significativas. A mais dolorida, certamente, a do meu irmão, que partiu na metade de 2025. Uma dor que ainda me desconforta muito.
Sei que é preciso olhar o outro lado do copo, ainda meio cheio, e lembrar das coisas boas. Mas passo aqui pra dizer que se o seu ano não saiu exatamente como o planejado, está tudo bem torcer para que o ano que vem seja melhor, mais leve. Afinal, os dias de luta até fazem parte e servem para nos fortalecer. Mas ansiar pelos dias de glória é o que fez uma chama de esperança se manter acesa, aquecendo o coração. Desejo um final de ano de muitas bênçãos pra você que chegou até aqui comigo e um 2026 melhor. Mas se não for, tudo bem, seguiremos buscando dias melhores!