Alerta
Centro Histórico tem aumento de 21% nos registros de incêndios
Entre possíveis causas da sequência de chamados na região nas últimas semanas, estão instalações elétricas antigas. Bombeiros reforçam fiscalização preventiva e terão ações semanais em dezembro

O Corpo de Bombeiros atendeu 44 incêndios no Centro Histórico de Porto Alegre entre o início do ano e o dia 30 de novembro. Conforme o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, Julimar Fortes Pinheiro, o número é 21% maior do que o registrado no mesmo período no ano passado.
Em entrevista ao Gaúcha+ desta terça-feira (2), coronel Fortes afirmou que os bombeiros irão intensificar, neste mês, as fiscalizações em prédios do Centro Histórico.
— Toda vez que temos um aumentonoa casos, além das ações que são feitas para identificar as causas, passamos de maneira mais efetiva com prevenção. Junto com a Secretaria de Segurança Pública, temos uma operação integrada programada para ocorrer no Centro. E, especificamente sobre o Corpo de Bombeiros, teremos em dezembro, todas as semanas, fiscalizações pontuais em edificações que podem apresentar mais riscos — explicou.
O Corpo de Bombeiros Militar voltou a combater um foco de incêndio na segunda-feira (1º) em um prédio que pegou fogo na Rua Vigário José Inácio no domingo (30) e resultou na destruição de um imóvel e danos em outro. Quatro pessoas precisaram de atendimento médico por inalação da fumaça.
Na última quarta-feira (26), um incêndio atingiu um prédio residencial na Rua Siqueira Campos. Ao menos uma pessoa ficou ferida e foi levada para atendimento médico.
No dia 5 de novembro, outro incêndio, de grandes proporções, atingiu dois casarões e dois prédios na região da Praça XV, também no Centro Histórico. Ruas foram interditadas e imóveis evacuados. Vinte pessoas precisaram de atendimento médico e outras três chegaram a ficar hospitalizadas, sendo liberadas depois. Naquela ocasião, a autoescada mecânica estava em manutenção, mas já voltou a funcionar, segundo Fortes:
— Nos próximos meses e anos, devemos adquirir novas autoescadas mecânicas com o mesmo grau de tecnologia das que estão operando agora. Por ser um equipamento de custo elevado, cerca de R$ 11 milhões, precisamos fazer primeiro as aquisições que são mais prioritárias, que entregam a segurança direta aos nossos efetivos, como equipamentos de proteção individual e viaturas de combate.
Entre as possíveis causas da sequência de chamados na região estão as instalações elétricas antigas dos prédios, parte deles foi atingidos pela enchente do ano passado, além da sobrecarga de energia durante o verão.