Coluna da Maga
Magali Moraes: coisas estranhas
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho


Stranger Things, da Netflix, é a série mais comentada do momento. Semana passada estreou a quinta e última temporada, depois de mais de três anos de espera. Dá pra dizer “já maratonei” se agora são apenas quatro episódios? Sim, lembrando que maratonar série é a vontade de ver tudo o quanto antes por curiosidade e pra escapar de spoilers que tiram a graça. Cuidado, eles estão por toda parte! Aqui é um espaço seguro, vou morder a língua pra não contar nada (assiste logo, vai).
O streaming reinventou o jeito de vermos TV, e cada canal disponibiliza as séries de um jeito. Enquanto uns liberam apenas um episódio por semana (o que é irritante), outros entregam tudo junto (o que é melhor, mas acaba rápido). No caso de Stranger Things, pra ser mais estranho ainda, a história será concluída com mais três episódios a serem liberados em 25 de dezembro e o derradeiro no dia 31. Então passaremos o Natal e o Ano-Novo com aquela turminha estranhamente familiar.
Fãs
Outro motivo que me faz maratonar Stranger Things é a saudade dos personagens. Quem acompanha a série viu aquelas crianças crescerem e virarem adultas. Os super fãs esmiúçam cada cena, encontram falhas, criam teorias. Mas dá pra só se divertir assistindo. De todas as coisas estranhas, pra mim nada supera os cabelos. Como a história se passa nos anos 1980, tem a nostalgia das roupas, músicas, decoração das casas, eletrônicos gigantes e cortes de cabelo esquisitos.
Credo. A gente usava aquilo tudo na época? Procure fotos antigas e supere os traumas. Já aviso aos dorminhocos de sofá: quem cochilar, vai perder o fio da meada. E se buscar informação na internet, vai descobrir até o que não quer saber. Trazendo para os dias atuais (e tirando a parte dos monstros), o nosso mundo real às vezes parece um mundo invertido. Cada notícia absurda, cada comportamento estranho que a gente acostuma e acha normal. Não é, não. Parece ficção.