Coluna da Maga
Magali Moraes: na capa da gaita
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho


Esse é o momento do ano em que bate aquele cansaço generalizado, parece que a gente não vai vencer dezembro e suas mil tarefas. São os compromissos de trabalho, finalizar o que está pendente, ajeitar a casa e os preparativos de Natal. Fora os encontros e confraternizações que surgem a toda hora. Por mais que se queira ir, o corpo prefere o travesseiro, a cama, o descanso. Só os sagitarianos e os capricornianos estão animados esperando a chegada dos seus aniversários.
No mais, tá todo mundo na capa da gaita. Isso vem no pacote de final de ano, junto com os pacotes embrulhados pra presente. Tem a turma que pega embalo no ritmo natalino e segue firme, e tem os que basicamente se arrastam até o dia 31. Enquanto as luzinhas piscam na árvore, os olhos piscam e mal conseguem acompanhar o filme na TV. Queremos festa e quietude, participar das comemorações pra rever os amigos e fazer uma sonoterapia pra já acordar em 2026. Puro conflito.
Voz
Como conciliar os diferentes humores nessa reta final? Se cobrando menos, escutando e concordando com o que diz a nossa voz interior. Tentando não se comparar com ninguém, especialmente aquelas pessoas que dão conta de tudo sorrindo. Controlando o tempo gasto nas redes sociais, onde cada post gera ansiedade (e mais comparação). Em dezembro, manter a paz de espírito é o melhor presente que podemos nos dar. Bora dizer não vou, não quero, não posso, não preciso.
Pretendo cuidar da parte operacional do Natal essa semana, adiantando o que for possível pra não ter estresse de última hora (boas intenções, sabe assim?). Na semana que vem, se tudo der certo, vou desacelerar e curtir o momento. Veja bem, desacelerar é um baita plano. Mesmo estando na capa da gaita, o mês de dezembro é um ciclo que se encerra. E isso tem sua beleza. Como você está? Já entrou no modo natalino ou nem deu tempo? Tempo. Sempre ele fazendo o que quer com a gente.