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Coluna da Maga

Magali Moraes: pomba, pombas!

Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

01/12/2025 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Fernando Gomes/Agencia RBS
Magali Moraes

Ficou até ingênuo esse xingamento. Entenda, não posso escrever aqui o desaforo que eu gostaria. As pombas estão me tirando do sério. Já contei um caso recente, e a lista cresce. Nunca limpei tanta sujeira delas. Usam meu pátio da praia como poleiro. Não respeitam os móveis, muito menos a dona da casa. Ah se fosse só pra dar uma descansada entre os voos. As pombas decidem onde é banheiro público. Não dão trégua. Eu limpo, elas sujam. Eu limpo, elas sujam (e devem rir).

A natureza é linda, dependendo da situação. Os passarinhos que circulam no espaço aéreo da minha casa também dão os seus rasantes por motivo de dor de barriga. Mas não consigo ficar braba com eles. Prefiro descontar nas pombas. Elas são chamadas de ratos voadores porque transmitem doenças. São feias, abusadas, exageradas no “presente” que deixam (será intolerância à lactose?) e não sabem cantar. Já os passarinhos oferecem uma bela trilha sonora pra limpeza.

Feed

Hoje em dia, muito tem se falado do hábito nada saudável das pessoas que sempre levam o celular pro banheiro. Além de perderem a noção do tempo rolando o feed das redes sociais, tem a questão anatômica. Ficar horas no trono traz problemas naquela região. Agora imagine se as pombas tivessem celular. Iam causar estragos ainda maiores nos poleiros - opa - nas casas da gente. Muros, encostos de cadeira, pisos, mesas. Cadê a pomba da paz, que não aparece pra limpar a barra?

No desespero, perguntei pro ChatGPT como espantar pombas. Ele mandou tirar qualquer superfície onde elas possam se apoiar (impossível). Espalhar vinagre branco (já sabia, já fiz). Pendurar coisas que fazem barulho, como guizos e sinos de vento. Causar incômodo visual (pra elas e pra mim) com CDs velhos, papel alumínio, fitas reflexivas e bexigas com olhos desenhados (rindo aqui). Eliminar ninhos (já fiz). Usar um espantalho moderno (?). Foi aí que eu larguei de mão o ChatoGPT. Desisto.

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