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Para grupo restrito

Ministro da Saúde diz que vacina contra a dengue deve começar a ser aplicada em janeiro

Alexandre Padilha concedeu entrevista ao "Gaúcha Atualidade" na manhã desta segunda-feira

01/12/2025 - 14h44min


Kathlyn Moreira
Kathlyn Moreira
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José Cruz/Agência Brasil
Padilha diz que secretarias municipais e estaduais de saúde estão interessadas no imunizante

A vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan poderá ser disponibilizada pelo SUS a partir de janeiro de 2026. A informação foi confirmada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta segunda-feira (1º). Inicialmente, será definido um público prioritário e restrito, que será ampliado conforme o estoque de doses vá aumentando.

— Vamos ter a possibilidade de começar ao uso dessa vacina já no calendário vacinal em janeiro a partir dos grupos recomendados pelos especialistas — afirmou.

O Brasil é o primeiro país do mundo a ter um imunizante em aplicação única, que protege contra os quatro sorotipos da dengue. Atualmente, 1  milhão de doses da vacina Butantan-DV foram produzidas, por isso a disponibilização será mais reduzida na fase inicial. Segundo o ministro, uma parceria com uma produtora chinesa permitirá a possibilidade de produzir até 30 milhões de doses no próximo ano e 60 milhões até 2027.

O imunizante foi aprovado pela Anvisa e deve ser destinado à população de 12 a 59 anos, sendo incorporado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ainda não há definição se a vacinação será iniciada em alguma região específica ou em todo o país.

— A minha opinião é que ela tem que ser desde o começo já introduzida, distribuída em todo o país. Agora isso nós vamos ouvir os especialistas, qual é a opinião deles, suas áreas de especialidades para construir uma posição final — declarou o ministro.

A vacina disponível contra a dengue hoje no SUS é a QDenga. O imunizante internacional é destinado ao público de 10 a 14 anos e precisa de duas aplicações, com intervalo de 90 dias entre cada uma. Conforme Padilha, o governo federal comprou quase toda a produção, com 18 milhões de doses do imunizante.

O ministro ainda destacou a importância de medidas preventivas que evitem o acúmulo de água e a transmissão da doença através do mosquito Aedes Aegypt.

— Nós conseguimos reduzir esse ano em 75% os casos de dengue no Brasil, comparado com o ano passado. Conseguimos reduzir em cerca de 80% os óbitos de dengue nesse ano comparado com o ano passado, fazendo exatamente isso — salientou.

Veja a íntegra da entrevista


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