Cartão-postal
Obras no Viaduto Otávio Rocha entram na reta final: "Nossa expectativa é concluir até o final deste ano", diz secretário
Restauro da estrutura, no cruzamento da Avenida Borges de Medeiros com a Rua Duque de Caxias, começou em novembro de 2022


Exatamente 30 dias. Seria esse o tempo necessário para concluir a restauração do Viaduto Otávio Rocha, estima a prefeitura de Porto Alegre. A estrutura é um dos cartões-postais do Centro Histórico, no cruzamento da Avenida Borges de Medeiros com a Rua Duque de Caxias.
Os trabalhos no local começaram em novembro de 2022 e, conforme o secretário Municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores, já estão na "fase de acabamentos".
— A nossa expectativa é concluir até o final deste ano. Temos pouco mais de quatro semanas para finalizar completamente a usabilidade do viaduto. O viaduto tem 9 mil metros quadrados de obra, então, pontualmente, alguma coisa pode ficar para depois, como arrumar um pedaço no piso, um esgoto que não ficou bem colocado, mas vamos entregar completamente a usabilidade dele até o final desse ano — diz Flores.
O que falta

Entre os diversos pequenos trabalhos que ainda precisam ser feitos, os que se destacam são as colocações do piso e do revestimento em argamassa-raspada, também conhecido como cirex. São etapas importantes para o objetivo de recuperar as características originais da estrutura de 1932, como as cores das portas.
Após a impermeabilização e restauro das escadarias e plataformas, foi dado início ao processo final de colocação do piso. Desta vez, sem liberação parcial de trechos. O secretário explica que a medida foi adotada para acelerar o processo de conclusão.
Em relação ao revestimento, além da colocação da argamassa-raspada, é necessário aplicar um produto hidrofugante que forma uma espécie de película para facilitar a limpeza e restauro em caso de vandalismo. Flores comenta que a recolocação do revestimento do viaduto foi um dos maiores desafios.
— Existe uma versão comercial que a gente poderia colocar, mas não ficaria com as mesmas características de quando o viaduto foi finalizado, lá em 1932. Então, nós temos que fazer essa massa. É um desafio, mas tem que preservar a história, a memória da cidade e, claro, a beleza do viaduto — pondera André Flores.
Por fim, há também a restauração das quatro escadarias internas, que levam o pedestre do meio da passarela para dentro das galerias na Borges de Medeiros. As estruturas, que estavam desativadas, seguem em reforma e receberam coberturas de vidro.
Conforme o secretário, a obra está em um momento de menor complexidade, mas muito trabalhoso.
— São muitos pequenos retoques, porque a área é muito grande. Mas quero deixar claro que não existem mais questões complexas de engenharia. Ainda é bastante coisa, mas que são mais trabalhosas do que complexas — comenta.

Flores destaca que agora não há mais necessidade de bloqueios no trânsito e que já foram concluídas as impermeabilizações e os restauros de contrapiso, instalações elétricas e hidrossanitárias, além da colocação de câmeras de segurança.
Apesar de não ser necessário novo bloqueio do trânsito, duas pistas da Avenida Borges de Medeiros, uma em cada sentido, seguem interditadas para a passagem de pedestres. Os espaços não devem ser liberados antes do fim de 2025, quando é esperado que a obra seja concluída.