Quem passa pela RS-118, em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, precisa redobrar a atenção ao trafegar entre os quilômetros 35, 36 e 37 da rodovia, nas proximidades do Motel Tarumã. No trecho, motoristas enfrentam, há mais de um ano, uma sequência de buracos nos dois sentidos da pista e que causam prejuízos e risco de acidentes.

A aposentada Bernadete Ferreira, 64 anos, relata que o problema é antigo e que já virou motivo de preocupação para quem utiliza a via com frequência. Segundo ela, o desgaste natural do asfalto, aliado às chuvas e à falta de manutenção adequada, contribuiu para o surgimento das rupturas na pista. 

A reportagem do Diário Gaúcho entrou em contato com o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer). O órgão informou que estava atuando no local com serviços emergenciais de tapa-buracos. De acordo com Bernadete, porém, até houve tentativas de conserto desse tipo em outros momentos, mas os reparos não resistem por muito tempo.

– Eles tapam (os buracos) e na semana seguinte já surgem novamente – comenta.

A aposentada conta que também já entrou em contato com o Daer para reclamar da situação. Na última resposta recebida, o órgão teria informado que existia sim a promessa de realizar reparos no trecho, mas que o Estado enfrentava dificuldades financeiras para investir na rodovia.

– No último contato, disseram que iriam arrumar. Também falaram que o Estado não tem recursos para investir – relata.

Risco

Quem mora na região e conhece o trecho consegue, na maioria das vezes, desviar dos buracos e evitar maiores danos. No entanto, motoristas que não estão acostumados com a rodovia acabam sendo surpreendidos e correm risco de acidentes.

O empresário Marcelo Silva, de 55 anos, tem uma empresa instalada em um dos trechos afetados da RS-118 e utiliza veículos utilitários com frequência no local. Ele afirma ter percebido que, com o passar do tempo, os buracos só aumentaram.

– Com frequência passo por ali e vi que os buracos estavam aumentando cada vez mais – comenta.

Preocupado com a situação, Marcelo passou a orientar os motoristas da empresa a redobrarem o cuidado ao trafegar pelo trecho, principalmente para evitar prejuízos como pneus estourados e danos nos veículos. Segundo ele, a situação é ainda mais complicada para caminhões.

– Caminhão não consegue desviar. Eles passam direto pelos buracos, dá cada estouro que parece que está se quebrando – relata.

O empresário também conta que já presenciou uma motocicleta tendo problemas ao passar pelo local, o que reforça o risco para quem trafega pela rodovia.

Previsão de melhorias

/// Em nota enviada à reportagem, o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) declarou que, em janeiro de 2026, deverá liberar recursos para a realização de novas intervenções na RS-118.

*Produção: Rayne Sá