Economia



Inflação

IPCA fica em 0,79% em junho, o maior para o mês em quase 20 anos

Índice acumula altas de 6,17% no ano e de 8,89% em 12 meses

08/07/2015 - 09h37min

Atualizada em: 08/07/2015 - 09h37min


Ronald Mendes / Agencia RBS
Número indica a alta dos preços ao consumidor

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,79% em junho, ante 0,74% em maio, divulgou, nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Com o resultado, o IPCA acumula altas de 6,17% no ano e de 8,89% em 12 meses - o maior índice desde 2003. O índice de 0,79% no mês passado é o maior para o período desde 1996.

Alimentação e bebidas desaceleram, jogos de azar aumentam 30%

A principal elevação ocorreu em Despesas Diversas (0,74% para 1,63%), diante da elevação de 30,8% nos jogos de azar. Também ganharam força durante o mês os grupos Transportes (-0,29% para 0,70%), com as passagens aéreas mais caras; Artigos de Residência (0,36% para 0,72%), com o aumento de 0,82% nos aparelhos de TV, som e informática; Educação (0,06% para 0,20%); e Comunicação (0,17% para 0,34%).

O grupo de Alimentação e Bebidas (1,37% para 0,63%), conhecidos como um dos vilões da inflação, desacelerou, assim como Habitação (1,22% para 0,86%), Vestuário (0,61% para 0,58%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,10% para 0,91%).

Os remédios ficaram 0,64% mais caros em junho, ainda reflexo dos reajustes de 5,%, 6,35% ou 7,70% autorizados pelo governo e em vigor desde o dia 31 de março. Mesmo assim, o resultado foi menor do que em maio, o que levou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais a desacelerar de 1,10% para 0,91% em junho.

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O aumento expressivo nas taxas de água e esgoto em junho se deve à contaminação provocada pela energia elétrica mais cara em 2015, afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. No mês passado, o preço administrado avançou 4,95%, o terceiro maior impacto no IPCA.

Em junho, a energia elétrica não exerceu a influência percebida em meses anteriores. Mesmo assim, Eulina não descartou novos aumentos e, consequentemente, novas pressões de custo sobre a economia como um todo.

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