Novo disco da Marrom
Não deixa o samba morrer!
De volta ao samba, mas sem deixar o seu famoso lado romântico de lado, a cantora Alcione lança o CD Eterna Magia bem-acompanhada
No início da carreira, Alcione encontrou o sucesso quando gravou Não Deixe o Samba Morrer (1975). Foram 22 semanas em primeiro lugar nas paradas com essa música. Mesmo sem abandonar de todo o repertório de raiz, a cantora transformou-se na diva do pagode romântico. Mas em seu novo CD, Eterna Magia (preço médio de R$ 25), ela volta a colocar o samba em lugar de destaque entre as faixas.
- Minha eterna alegria é cantar - diz ela que, ao anunciar a sua intenção entre os amigos, recebeu de cara uma parceria inédita de Zeca Pagodinho e Djavan.
Os dois compuseram Ê, ê, que fala de quem dá a volta por cima após a tragédia.
- Zeca fez a música depois daquela enchente em Xerém (no Rio, no início deste ano) e me ligou dizendo que tinha esse nome porque eu sempre falo Ê, ê - conta.
De Arlindo Cruz, veio Ogum Chorou Que Chorou, na qual canta os orixás, coisa rara na trajetória de Alcione.
- Adoro meus orixás. Eu não deixo de cultuá-los, embora eu também trabalhe com mesa branca. Sou espírita, mas essa música tem uma mensagem tão bonita. Não podia deixar de cantá-la - explica.
Ela volta ao romance
E, à medida que o álbum evolui, Alcione retorna às canções românticas como em Pontos Finais, da cantora Ana Carolina e parceiros. E faz graça ao "rodar a maranhense" em A Dona Sou Eu.
- É uma gafieira feita pelo Nenéu. É a minha cara. Por várias vezes, tive que rodar a maranhense, mas hoje estou bem mais calma. Você está diante de uma lady (risos) - brinca.