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Ivetchê: a supermulher da música brasileira

Ivete Sangalo falou com o Diário Gaúcho sobre a gravação do novo DVD, a família e a saída da Banda Eva, em 1999

16/06/2014 - 09h02min

Atualizada em: 16/06/2014 - 09h02min


José Augusto Barros
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Vinte anos de carreira, mais de 10 milhões de discos vendidos, 9,7 milhões de seguidores no twitter, mais de 9 milhões de curtidas em sua página do facebook, 9 milhões de visualizações em seu canal do youtube e 1,5 milhão de seguidores no instagram. Ivete Sangalo, uma máquina de números e de fazer sucesso, chega nas duas décadas de carreira como um dos grandes fenômenos da música brasileira. Ela conseguiu espraiar-se para além das fronteiras da Bahia, misturando o axé, seu ponto de partida, com pop, reggae e música romântica, em uma mistura que agrada todas as regiões do país.

Agora, o fenômeno lança o DVD Multishow ao Vivo - Ivete Sangalo 20 Anos (CD ao preço médio de R$ 22, e DVD, R$ 50). Gravado ao vivo em Salvador, o álbum tem direção da morena, com convidados especiais como Bell Marques, Alexandre Carlo, do Natiruts, Alexandre Pires e Saulo. No repertório, ela passeia por sua carreira, desde Flor do Reggae, passando pela romântica Se Eu Não te Amasse Tanto Assim, chegando até as dançantes Arerê e uma das mais recentes, Dançando.

Confira a entrevista:

Diário Gaúcho - Em 20 anos, você transitou pelo pop, reggae, axé e pela música romântica. Esperava essa diversidade toda ou pensava em ficar somente no axé, quando começou?

Ivete Sangalo - Tudo partiu do axé music, que me permitiu passar por todos esses estilos. Ouvindo os primeiros CDs da Banda Eva, é possível encontrar esses estilos.

Diário - A decisão de sair da banda foi difícil? O que a levou a fazer isto? Sente falta do grupo?

Ivete - Aquele ditado que diz que "quem não arrisca, não petisca", se adequa a isso. Acho que o medo é o maior inimigo da gente. Tinha uma ideia que era capaz de me dedicar e de fazer as coisas com muito amor. Tomei a decisão de sair da Banda Eva porque já não estava com as mesmas ideias do grupo. Para que não houvesse uma crise, eu preferi falar: "gente, o meu tempo aqui já deu" e segui minha carreira solo. Sempre tivemos uma relação de muito respeito e queria preservar isso. Aprendi muita coisa lá. E segui a carreira solo com muita coragem!

Diário - E qual a sensação de gravar o DVD na Fonte Nova, depois de ter feito isto em lugares como o Madison Square Garden, em Nova York?

Ivete - Foi aquela sensação de voltar para casa: "Mãe, eu consegui e estou aqui!".

Diário - Você fez a direção-geral e musical do DVD. Como foi conciliar tudo isso e ainda subir no palco, em horas de música e dança? Como surgiu a ideia de convidar gente tão diferente como Alexandre Carlo, Alexandre Pires e Bell Marques?

Ivete - Um trabalho massa e bem natural. Os convidados são amigos. Nos 20 anos de carreira, vi que não tinha nenhuma gravação com Bell Marques, Alexandre Pires é um amigo querido, e a música de samba tinha a cara dele. Alexandre Carlo é o cara do reggae e ainda teve Olodum, Stomp e Paulinho Andrade.

Diário - Já existe previsão de esta turnê vir para Porto Alegre?

Ivete - Porto Alegre é sempre um lugar especial para mim! Aí eu não sou Ivete, sou Ivetchê!

Diário - Como está encarando a participação como jurada no SuperStar? E como recebe as críticas?

Ivete - Fazer o SuperStar é tão gostoso que não consigo encarar como um trabalho. As bandas são todas talentosas e estar ali é uma grande festa. As críticas são sempre importantes. Nunca acho que alguém quer me detonar de graça.

Diário - Como tem conciliado essa rotina com a vida de esposa e mãe (ela é casada com o nutricionista Daniel Cady, com quem tem Marcelo, quatro anos)?

Ivete - Depois que você se torna mãe, sua vida não é mais a mesma. Você enfrenta elefante e fica com receio de uma formiga. Mas é uma delícia, porque tem amor em cada uma dessas funções. E eu tenho uma estrutura que me permite fazer tudo isso, sem que nenhuma das partes saia prejudicada ou tenha menos da minha atenção. A de mãe é prioridade, sempre. Mas concilio tudo e dou o máximo de mim em todas elas. Aliás, esse não é um mérito só meu. Tantas mulheres se dividem assim. Trabalho na rua, em casa, cuidados com o filho, com a família. Faço o que toda mulher faz.


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