Comportamento
No dia de Santo Antônio, é preciso ter fé no amor
É hoje o dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro! Para quem passou o Dia dos Namorados, ontem, sozinho e quer encontrar um amor, quem sabe não é esta sexta-feira a oportunidade de pedir aquela ajudinha divina?
É hoje o dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro! Para quem passou o Dia dos Namorados, ontem, sozinho e quer encontrar um amor, quem sabe não é esta sexta-feira a oportunidade de pedir aquela ajudinha divina?
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O assistente social Alexandre Onzi Pacheco, 47 anos, trabalha na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) e, em 2010, conheceu a psicóloga Carolina Di Giorgio Beck, 36 anos, coordenadora do Programa de Oportunidades e Direitos, que atende egressos da Fase no Pão dos Pobres. Para ela, os contatos eram profissionais, mas ele foi encantando-se cada vez mais com a moça.
- Esse sorriso fez eu me apaixonar e enxergar todas as qualidades que ela têm - declara-se ele.
No dia 13 de junho de 2011, Alexandre rezou para Santo Antônio bem no seu dia, pedindo que a amada retribuísse seus sentimentos. A aproximação começou durante as comemorações no Pão dos Pobres, onde Carolina auxiliava na barraquinha de cachorro-quente.
- Ele queria falar de trabalho e disse que não era o momento - recorda a psicóloga.
Mais tarde, chegou uma mensagem no celular com um convite para ir no cinema. O encontro aconteceu três dias depois, seguido de um jantar e um clima no ar. Na semana seguinte, os dois foram novamente ao cinema e começaram a namorar.
Três meses depois, casaram-se e, hoje, têm Helena Beck Pacheco, um aninho. Coincidência ou milagre, a filha nasceu no dia de Santo Antônio, exatamente dois anos depois que ele fez o pedido!
Só falta mais uma bênção
Ele e a amada casaram-se no civil, mas pretendem receber mais uma bênção de Santo Antônio, se a capela do Pão dos Pobres, que pegou fogo em janeiro, for restaurada.
- Foi onde ele me pediu para o santo - orgulha-se Carolina.
E como devoção se passa, muitas vezes, de mãe pra filho, a mãe de Alexandre, a falecida Elisa Onzi, era freira e saiu do convento porque apaixonou-se pelo pai do assistente social, o escritor Luiz Costa Pacheco, 79 anos.
- Minha mãe era devota de Santo Antônio e me ensinou a rezar para ele - lembra.
A família é o retrato da felicidade: o casal, do Bairro Guarujá, troca carinhos o tempo todo, além de dar todo amor à pequena Helena.
- Sou muito feliz, e ele é o homem que eu sempre pedi a Deus - agradece Carolina neste dia de Santo Antônio.
Fama de casamenteiro
Segundo o Frei Luiz Sebastião Turra, pároco da Igreja Santo Antônio do Partenon, Santo Antônio nasceu em Lisboa em 1195. A fama de casamenteiro surgiu quando ainda era vivo, pois havia uma jovem muito pobre que estava de casamento marcado, mas não tinha condições financeiras de pagar o dote, além das despesas com enxoval e cerimônia.
Desesperada, pediu a bênção do então Frei Antônio que disse: se ela tivesse fé, teria contaria com a solidariedade para a realização do casamento. Dias depois, a moça recebeu em casa tudo o que precisava.
Santo Antônio também é conhecido por ajudar os pobres já que sempre distribuía alimento aos necessitados. Por isso, o costume de os devotos distribuírem pães para ajudar os mais carentes.
Mitos e verdades
- A fama de arranjar casamentos e resolver questões amorosas é a mais conhecida, mas segundo o Frei Luiz, também abrange a harmonia familiar, a busca por objetos perdidos e os problemas de difícil solução.
- Para quem procura um amor, escreva o pedido, coloque aos pés de uma imagem e reze com muita fé.
- Simpatias para arrumar namorado como virar a imagem do santo de cabeça pra baixo, dentro de um copo d'água, são considerados atos de desrespeito.
- Confira a programação de hoje em paroquiasantoantoniodopartenon.org. e paodospobres.org.br.